Talvez um pouco do sentimento que tantos de nós estejamos sentindo neste momento conturbado da política, da economia e, não diferente, do mercado de Foodservice.
Mas, no final do dia, é um pouco assim que temos que ser e atuar e esse insight me ocorreu pela enésima vez ontem à noite, na Av. Paulista, durante uma manifestação.
Havia milhares de pessoas, é verdade, mas que não representavam mais do que 1 ou 2% da população da cidade, onde grande parte sofre da mesma conjuntura e se indigna dos mesmos fatos.
Pior, eu mesmo não tinha ao meu lado mais do que 2 ou 3 pessoas, numa rede de contatos de centenas e centenas de pessoas.
Minha sensação: a grande maioria não se mobiliza para a ação – de qualquer tipo – ou espera que a mobilização dos outros seja suficiente para gerar resultados para si, ou deixa a coisa correr, na certeza de que, bem ou mal, as coisas se acomodam.
E isso é a tônica não só do País, mas também de grande parte dos profissionais e dos empresários.
Há pouco tempo atrás, alguns meses antes da Copa do Mundo no Brasil, fizemos uma sondagem com algumas dezenas de bares e restaurantes e a conclusão foi estarrecedora; apenas 2 dos resultados já são o suficiente para explicar.
Dois terços dos estabelecimentos afirmavam que não tinham desenvolvido nenhuma ação especificamente por conta da Copa (nada, nem promoção, nem divulgação, nem horários ou cardápios alterados, nem especiais); pior, quando indagados sobre a razão para não atuar, metade afirmava que a principal era o fato de que nenhum concorrente estava preparando algo também.
Ou seja, assim fica bem, solidariamente andando para trás.
Mas vi alguns “surfando” as oportunidades e outros neutralizando ou minimizando riscos e dificuldades derivadas da Copa.
Enxergar e atuar olhando os problemas e as oportunidades de frente parece ser contra a maré e não o normal.
Felizmente, tenho amigos e conhecidos de mercado reportando com segurança taxas de crescimento vigorosas, mesmo nos tempos de hoje.
Resolvi resumir as crenças em comum desses vencedores para compartilhar com vocês:
· o mercado não deverá voltar ao tamanho e ao vigor que tinha até 2013 e 2014 em menos de uns 2 ou 3 anos
· há inúmeras oportunidades de melhoria de gestão, de operação e de comercialização em seus negócio neste momento
· o mercado voltará a crescer, mas será um mercado diferente do de hoje, e não dá para adivinhar o que será
· ninguém vai fazer o que eles têm que fazer em seu lugar
· a maior parte dos seus concorrentes não vai fazer a lição de casa
Sabe qual a melhor forma de estar preparado para o mercado de amanhã, seja do tamanho e com a configuração que for? Trabalhando o mais intensamente hoje. Não há tempo a esperar.