Muitos dos que me conhecem sabem que realizo todos os anos uma análise de correlação de variáveis para o mercado de food service, que busca separar o que é achismo do que é fato e dado.
Por conta desse tipo de estudo, sou historicamente adversário de teses (que apelido de “copy and paste”) segundo as quais consultores, pensadores e outros teimam em atribuir ao food service a mesma dinâmica de outros segmentos de varejo.
Falo aqui, em especial, sobre o hábito de afirmarem que o Índice de Confiança do Consumidor é tão importante para o food service crescer ou não quanto é o Emprego e a Renda. Pois bem, não é. Não é e ponto!
Há, pelo menos, umas oito variáveis mais determinantes do food service do que o Índice de Confiança, e é fundamental que os planejadores entendam e acreditem nisso. Para qualquer visão de médio e longo prazo, é assim.
Por que esta última menção “para qualquer visão de médio e longo prazo, é assim”? Por um simples fato: este exato momento que estamos vivendo no Brasil – falo de economia, de política, de empresa etc – está influenciado pelo Índice de Confiança do Consumidor como nunca desde que esse tipo de índice começou a ser estudado no país.
Não há ainda alguma estatística para suportar essa suposição, mas é notável e constatável, após conversar com algumas dezenas de empresas pelo país. O mês de agosto mostrou esse comportamento e Deus queira que setembro comece a serenar este mau humor e esta desconfiança incríveis.
Para isso, só consigo pensar num antídoto: cada um de nós atuar de forma mais transparente, íntegra e positivamente possível. Não se constrói confiança com relações oportunistas e de interesse unilateral.
Cabe a nós mudar este jogo, a cada um de nós.