TENDÊNCIAS DE CONSUMO 2020

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    Todos os anos, a rede americana de supermercados Whole Foods Market, com base em dados de consumo das suas mais de 500 unidades e de informações organizadas junto a fornecedores, produtores, compradores e especialistas do mercado de alimentação, publica um relatório de tendências.
    Para quem não conhece, a rede Whole Foods Market é pioneira no conceito de supermercado especializado em produtos orgânicos e naturais nos Estados Unidos e se tornou referência tanto pela forma como trabalha essas categorias quanto por motivar os movimentos de profissionalização e conscientização relacionados a elas.
    A rede hoje é uma das empresas mais credenciadas para tratar sobre temas atuais e relevantes relacionados ao consumo de alimentos orgânicos e naturais e sua cadeia produtiva.
    Um trabalho como esse não indica necessariamente os produtos que terão grande demanda em curto prazo, mas mostra para onde estão voltados o olhar e a cabeça do consumidor quando o tema é alimentação.
    Abaixo os 10 principais tópicos abordados como tendências de conceitos e consumo para este ano. Bom apetite!
    1-Agricultura regenerativa. A Whole Foods define a agricultura regenerativa como “práticas agrícolas e de pastoreio que restauram o solo degradado, melhoram a biodiversidade e aumentam a captura de carbono para criar benefícios ambientais duradouros, como impactar positivamente as mudanças climáticas”. O estudo indica o crescimento da produção de alimentos e de produtores usando métodos relacionados a esse conceito para os próximos anos.
    2-Variedade de farinhas. O estudo prevê que 2020 será um ano de crescimento para o mercado de farinhas alternativas sem trigo. Com o crescimento da procura, a categoria se desenvolveu, e as novas soluções são tratadas como “mais interessantes”, com mais alternativas e variedade.
    3-Alimentos da África Ocidental. A Whole Foods indica que alimentos e sabores típicos da região passarão a ter maior notoriedade este ano. Itens como pimentas, amendoim, erva cidreira e gengibre, que já estão em destaque há algum tempo, passarão a ter a companhia de “superalimentos” como a moringa e o tamarindo.
    4-Refeições prontas como novos snacks. Se tivemos recentemente um grande desenvolvimento da categoria com surgimento de novos conceitos e quebras de paradigmas relacionados à possibilidade de snacks saudáveis, as refeições rápidas em porções menores passam este ano a fazer frente para as já tradicionais barras de granola e copos de frutas.
    5-Evolução dos “plant baseds”. Enquanto o conceito ganhou notoriedade no mercado brasileiro em 2019, nos Estados Unidos o ano foi de fortalecimento das opções alternativas à soja. O estudo aposta no crescimento de novas opções de proteínas veganas como grãos, nozes e feijão mungo. Muitas marcas já estão trocando a soja por alimentos não alergênicos.
    6-Manteigas e spreads. Novas opções de manteigas e pastas doces e salgadas devem continuar ganhando força este ano. Além da manteiga de amendoim e de outras sementes, cremes veganos e superalimentos surgirão nas gôndolas.
    7-Diversidade no menu infantil. De acordo com o estudo o hábito alimentar das crianças nos Estados Unidos está mais diversificado do que nunca e a famosa “dieta bege” (a base de pães e biscoitos) está sendo substituída por outras opções de produtos que incluem vegetais, frutas, algas e frutos do mar.
    8-Açúcares alternativos. A categoria já atendida por produtos mais difundidos como mel, bordo, agave e estévia, passa a ter mais alternativas como o néctar de batata-doce e o xarope de romã. O consumo dos “novos adoçantes” deve continuar crescendo em 2020.
    9-Misturas de carne e plantas. Como consequência do movimento de redução do consumo de proteína animal pelos “não vegetarianos”, o estudo indica o crescimento da oferta de produtos e soluções de proteínas mistas. A carne (principalmente moída) misturada com plantas como cogumelos, trigo e fermento de cevada já é realidade em muitos países e seu consumo deve crescer em 2020.
    10-Bebidas não alcoólicas para adultos. Opções de bebidas tradicionalmente alcoólicas, com menores ou zero índice de álcool, passam a ter mais opções e melhor qualidade em 2020. Gins alternativos e as tradicionais cervejas tipo “IPA” já são vistos com frequência na categoria. Cervejas famosas devem surgir este ano com opção “zero álcool”.

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