Produtos de Portugal garantem expansão de diversos empreendimentos

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    No ano de 2011, o chef português Paulo Cordeiro atravessou o Atlântico trazendo para o Brasil mais de 25 anos de experiência em confeitaria e panificação portuguesa. Radicado em Curitiba, o profissional conheceu a tradicional família Romanelli, uma das mais tradicionais no ramo de indústria e distribuição de alimentos no país, e fundou, em 2014, a Doce Fado – Padaria e Doçaria Portuguesa.

    Com pouco mais de um ano de atuação e com dois pontos de venda na cidade de Curitiba (Mercado Municipal de Curitiba e Shopping Pátio Batel), a Doce Fado conquistou o público paranaense e se transformou em um dos grandes destaques gastronômicos da capital do estado. A empresa se destaca ao produzir e distribuir produtos de altíssima qualidade, mantendo-se fiel às tradições seculares da doçaria e padaria portuguesa.
    “Minha família é da cidade de Alcobaça (região central de Portugal), considerada um dos berços da doçaria portuguesa, pois grande parte dos doces conventuais foram produzidos no mosteiro ali existente. Desde criança, aprendi com o meu pai os segredos da melhor padaria e doçaria portuguesa e me apaixonei por essa prática repleta de histórias”, detalha o chef português Paulo Cordeiro.

    Para garantir a qualidade dos produtos, a empresa importa diversos ingredientes diretamente de Portugal, mantendo a ligação com o país de origem e os sabores inconfundíveis. “Com esse trabalho minucioso, conseguimos oferecer itens de altíssima qualidade. Escutamos diariamente que os nossos doces e pães são iguais aos de Portugal. Isso nos deixa muito orgulhosos, pois mesmo no outro lado do Atlântico conseguimos manter as características da cultura gastronômica portuguesa”, comemora o chef.

    Atualmente, a Doce Fado trabalha com mais de 30 produtos em sua linha de produção, que podem ser consumidos nas lojas ou levados para casa, com destaque para os tradicionais Pastel de Belém (Pastel de Nata), Pastel de Santa Clara e Toucinho do Céu. “Sinceramente, nós não esperávamos tanto sucesso em menos de um ano. Para vocês terem uma ideia, chegamos a produzir 7 mil unidades do Pastel de Belém por semana”, conta Cordeiro. No segmento da panificação, os pães de massa portuguesa, como o Pão Caseiro, o Pão de Azeite e Azeitonas e o Pão de Calabresa, são um grande sucesso de venda. “Além disso, trabalhamos com vários pratos que levam bacalhau, trazendo um pouco mais da cultura portuguesa para o Brasil”, completa.

    Expansão portuguesa

    Motivada pelo sucesso em Curitiba, a Doce Fado prepara um processo de expansão com novas unidades próprias e, posteriormente, com uma rede de franquias. Já no próximo mês de outubro, a padaria e doçaria portuguesa vai inaugurar sua terceira loja na capital paranaense, que está sendo implantada na Mercadoteca, primeiro mercado gastronômico da cidade. “Na unidade da Mercadoteca, já vamos trabalhar com uma unidade modelo para o nosso processo de expansão. Ela será um piloto para os pontos de venda que queremos espalhar pelo Brasil nos próximos anos”, explica Leonardo Romanelli, sócio-proprietário da Doce Fado.

    De acordo com o empresário, o projeto de expansão está sendo tratado com muito carinho e atenção pela Doce Fado, tudo para que a qualidade dos produtos e o histórico de sucesso seja mantido em todo o país. “Não adianta expandir por expandir. Queremos que a Doce Fado se consolide como uma referência da gastronomia portuguesa no Brasil. Para atingir esse objetivo, estamos trabalhando com muita tranquilidade para que todos os nossos pontos de venda, sejam eles próprios ou franquias, possam oferecer produtos de excelência”, completa Romanelli.

    Para quem quiser conferir de perto o trabalho da Doce Fado – Padaria e Doçaria Portuguesa, ela está presente no Mercado Municipal de Curitiba (Avenida Sete de Setembro, 1865) e no Shopping Pátio Batel (Av. do Batel, 1868). Além disso, a empresa possui uma unidade na cidade de Alcobaça, em Portugal. A partir de outubro, os sabores portugueses estarão disponíveis, também, na Mercadoteca (Rua Paulo Gorski, 1309). Mais informações no site www.docefado.com.br, pelo e-mailatendimento@docefado.com.br ou pelo telefone (41) 3282-1652.

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    Genuíno

    Especialidades da gastronomia nacional, os doces fazem parte da história de Lisboa e região e se misturam à cultura e à tradição dos cafés, esplanadas e confeitarias da capital portuguesa.

    Em meio aos aspectos que envolvem um planejamento de viagem para Lisboa, uma coisa é certa: é praticamente impossível não degustar dos seus famosos doces. A gastronomia convidativa da capital portuguesa apresenta um capítulo especial reservado à doçaria, que retrata fielmente a história e as particularidades da cidade e das regiões próximas.
    No ambiente dos diversos cafés e esplanadas espalhados pela capital, os lisboetas cultivam o hábito de “beber uma bica” (termo conhecido em Portugal, relacionado tipicamente aos cafés de Lisboa) e saborear um delicioso quitute português, o que torna as longas conversas e bate-papos entre os frequentadores um ritual que faz parte da cultura local e que já foi externado aos turistas que visitam a cidade.

    Muitas histórias e curiosidades, que vão desde a origem até o reconhecimento internacional, destacam a representatividade e a importância simbólica dos doces portugueses para os lusos. Talvez um dos principais itens da doçaria portuguesa e que reserva um capítulo a parte seja o inigualável Pastel de Belém, que continua sendo um dos maiores embaixadores de Lisboa. Em Belém, ponto turístico obrigatório, há uma pastelaria muito especial, cuja fama corre mundo: “a única e verdadeira fábrica dos Pastéis de Belém”.

    Diz a lenda que, tal como em relação a quase toda a outra doçaria tradicional portuguesa, a origem dos Pastéis de Belém teria sido uma receita conventual do vizinho Mosteiro dos Jerônimos. Com a revolução Liberal, em 1820, as ordens religiosas foram extintas em Portugal, e os seus conventos nacionalizados. Os trabalhadores laicos que viviam no local, entre eles os pasteleiros, foram arranjando emprego fora dos conventos. Parece que o doceiro dos Jerônimos, detentor da preciosa receita, foi trabalhar para uma refinaria de açúcar das proximidades, e dentro de pouco tempo os “verdadeiros Pastéis de Belém” eram vendidos ao público.

    Atualmente, apenas três pessoas estão a par da receita considerada mágica. Um pasteleiro que trabalha na casa há meio século e dois ajudantes, que também estão ali há décadas. Eles tiveram de fazer um juramento e assinar um termo de responsabilidade para manter segredo sobre a receita. A fábrica produz uma média de dez mil pastéis por dia. Segundo os pasteleiros da casa, as diferenças entre os Pastéis de Belém e os pastéis de nata normais são, além da receita com as proporções certas, o investimento no trabalho manual e os ingredientes de primeira qualidade (farinha, açúcar, leite e ovos).

    Além do pastel mundialmente famoso, a doçaria portuguesa apresenta outras diversas especialidades regionais como o arroz doce, leite-creme, lampreia de ovos, queijadas de Sintra, fofos de Belas, trouxas da Malveira, ouriços e areias da Ericeira, lezírias de Vila Franca de Xira, marmelada branca de Odivelas, nozes e doces de ovos de Cascais, saloios de Bucelas e doce de abóbora com laranja.

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