No primeiro final de semana após receber o título de Patrimônio Cultural da Humanidade, estabelecimentos da Pampulha notaram o aumento em sua clientela. Cerca de 1.100 bares, restaurantes e lanchonetes, em um raio de dois quilômetros da orla, tiveram o aumento de 25% no número de visitantes.
De acordo com Ricardo Rodrigues, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) em Minas Gerais, alguns pontos merecem destaque. Ele cita as avenidas Fleming, Guarapari e Coronel José Dias Bicalho.
Rodrigues chama a atenção para a região de Belo Horizonte. “Por causa da Lei Seca, as pessoas preferem ficar perto de casa, o que motivou a criação de pontos gastronômicos. O que temos na Pampulha não fica atrás de nenhum local tradicional, como a zona Sul”, explica.
Na avenida Fleming, a culinária variada é um dos atrativos para os clientes. “Tem churrasco, feijoada, comida japonesa. Vale frisar que o crescimento do setor na região já vem de bem antes do título”, ressalta Ricardo.
Apostando no potencial da região, a Burgueria Pampulha se instalou na Fleming. A lanchonete está instalada há sete anos, com decoração inspirada na década de 1950. Para ter uma ideia, inicialmente a Burgueria Pampulha tinha capacidade para 80 pessoas e teve que ampliar para 180. “A longo prazo, com o título global, acreditamos que o crescimento será maior”, conta o chef do estabelecimento, Giuliano Leonardo Menezes.
Empresários da Pampulha tem investido em ações para potencializar o setor de alimentação. Nesse ano, está prevista a sétima edição do Circuito Gastronômico, que deverá ter como tema o Circuito Arquitetônico.
O coordenador do evento, Marcelo Haddad Guerra, do restaurante Paladino, conta que não pretende aumentar o número de restaurantes participantes. “Ficaremos em torno de 20. A ideia agora é qualificar quem já integra o circuito”, explica.
Fonte: Hoje em Dia