Ao longo dos últimos dois a três anos, colocamos bastante energia no contexto de crise. Arriscaria dizer que a economia, de forma geral, foi mais impactada do que nosso mercado de food service, mas ele também sofreu (menos do que setores como o automobilístico, a construção, o eletroeletrônico etc).
Sem de forma nenhuma negar a existência da crise e seus impactos negativos em nosso mercado, considero muito importante estimular a visão de que essas dificuldades todas serviram como uma grande peneira.
Muitos dos que não passaram pela peneira foram os que não se prepararam para a gestão, para um serviço de qualidade, para uma não menor qualidade nos produtos, para o marketing e ativação e, acima de tudo, para a compreensão sobre o consumidor.
Faço frequentemente em minhas palestras uma pergunta para a audiência: “quantos de vocês planejaram não crescer em 2016 ou 2017?”. E, normalmente, não mais do que uma ou duas pessoas levantam as mãos.
Dois comentários críticos: em primeiro lugar, não acredito que 10% dos empresários realmente planejaram alguma coisa; em segundo lugar, o crescimento “projetado” é mera expressão de desejo, desconsiderando cenário econômico, concorrência, consumidor etc.
Minha contribuição é a seguinte: para quem teve o mérito de sobreviver e até prosperar nesses últimos anos, o negócio agora é manter o nível de alerta ligado e buscar atualização constante, pesquisar o consumidor mais do que nunca, conhecer o que se está fazendo de novo e relevante em outros estabelecimentos, descobrir que tecnologias estão chegando para ajudar no negócio e assim por diante.
O mercado vai produzir um crescimento não maior do que uns 2 a 4% ao ano nos próximos tempos e, certamente, seu desejo é crescer acima disso. Converta o desejo num plano e, se após isso, você realmente executar bem seu plano, as chances de sucesso serão grandes.