O que será do food service na próxima década

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    edição 151
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    A Food Service News perguntou a profissionais renomados e eles deram respostas esclarecedoras

    Na última edição da Food Service News, nós indagamos a diversos nomes da área sobre qual produto fará a diferença no mercado nos próximos 150 meses. Agora, os profissionais do segmento respondem a uma nova questão, tão importante quanto a da edição passada: “quais são as suas expectativas para o mercado de food service da próxima década?”. O resultado você lê a seguir!

    João Baptista, coordenador da Comissão de Food Service da ABF

    O que será do food service na próxima décadaO food service está em um momento de reinvenção, provocado tanto pela crescente concorrência quanto pelas mudanças provocadas pela transformação digital e os novos hábitos do consumidor. Os movimentos são bastante variados, mas poderia destacar para a próxima década a digitalização do atendimento ao consumidor, a multicanalidade, uma cozinha totalmente tecnológica, o fortalecimento de novos nichos e a alimentação natural e vegetariana. As tendências de alimentação como entretenimento e a predominância cada vez maior de refeições fora do lar, embora não sejam novas, vão continuar muito fortes.

    Daniel Silva, Coordenador do Comitê de Food Service da ABIA

    O que será do food service na próxima décadaÉ fato que teremos cada vez mais o impacto da tecnologia nos serviços de alimentação. Nossa expectativa é que toda a cadeia seja beneficiada com essa transformação tecnológica. O Brasil possui uma malha rodoviária enorme e que precisa de grandes ajustes, e isso impacta na logística de distribuição não só do food service, mas de toda indústria brasileira. A profissionalização do setor, principalmente para os pequenos e médios operadores, e uma integração maior entre todos os elos da cadeia produtiva são desafios que podem ser superados nos próximos anos.
    A evolução do consumo de alimentos fora do lar é fortemente correlacionada com a evolução do emprego e da renda. No cenário mais provável, de aprovação das reformas da previdência e tributária, o país terá condições para melhorar o ambiente de negócios, com a manutenção da inflação e dos juros em patamares reduzidos, apoiado por um sistema tributário mais simplificado, o que contribuirá para estimular os investimentos e o consumo.
    Neste cenário, o PIB brasileiro poderá voltara a crescer acima de 2% ao ano, e o food service mais de 3% ao ano.

    Cláudio Zanão, presidente-executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (ABIMAPI)

    O que será do food service na próxima décadaDe modo geral, o segmento engloba toda a cadeia de produção e distribuição de bebidas, alimentos, insumos e serviços. Podemos citar quatro grandes tendências.
    Experiências diferenciadas. Oferecer ao consumidor experiências de consumo fora do ponto de venda física com o objetivo de proporcionar momentos únicos e memoráveis.
    Alimentação saudável e sustentabilidade. Como mencionado anteriormente, a busca por um estilo de vida mais saudável impactou muito os hábitos alimentares do consumidor. Além disso, sustentabilidade e bem-estar são prioridades, uma vez que os clientes atuais prezam pela diminuição do desperdício e o melhor aproveitamento dos alimentos.
    Investimento online. A modalidade de operações online (e-commerce) e entregas delivery vêm caindo no gosto da população. O modelo vem refletindo diretamente a mudança de hábito, tempo reduzido e principalmente em função da praticidade para o consumidor.
    Inovações tecnológicas. É cada vez mais recorrente que o setor de food service invista em inovações tecnológicas para otimizar os processos apontados acima. A tecnologia aliada ao setor pode reduzir custos de produção, trazer maior conhecimento sobre seus clientes e melhorar o atendimento.

    Percival Maricato, Presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes
    (Abrasel São Paulo)

    O que será do food service na próxima décadaO mercado aumentará muito, pois haverá valorização do lazer e do prazer na vida, a cultura de comer fora de casa, a facilidade de acesso, variedade etc. Os idosos e os jovens também frequentarão cada vez mais restaurantes. A mulher continuará se afastando da cozinha. As cozinhas dos apartamentos serão cada vez menores devido a facilidade do delivery. Domésticas continuarão cada vez mais raras. A sociabilidade tende a ser valorizada e muito.

     

     

    Chef Luiz Farias, da Academia Bunge

    O que será do food service na próxima décadaConsidero de grande importância seguirmos evoluindo na questão de processos. Vivemos em um momento em que temos muitos modismos, mas acredito que é superimportante termos cada vez mais um mercado com educação profissional, com processos bem definidos e maior profissionalização.
    Com a tecnologia que temos disponível, está cada vez mais fácil se antecipar e se preparar para garantir excelência no atendimento e execução.
    É importante seguir inovando e ter muita dedicação aos processos, pois eles são um grande diferencial para os empresários que querem se diferenciar.

    André Gasparini – Diretor Comercial da Agropalma

    O que será do food service na próxima décadaOs consumidores estão cada vez mais exigentes em relação à alimentação. Eles não apenas adquirem produtos mais saudáveis, como também se preocupam com a sustentabilidade, com o processo de produção. Essa é uma tendência que só vai crescer e o segmento de food service, junto com seus fornecedores, já têm se adequado a essas exigências, oferecendo produtos de alta qualidade, de empresas que priorizam a preservação do meio ambiente.
    A Agropalma tem esse valor inserido em sua cultura e, além da garantia de qualidade com a aplicação de inovadoras tecnologias para oferecer um produto de alta performance, também nos preocupamos com os processos sustentáveis. Isso levou a companhia a ser reconhecida como a maior produtora de óleo de palma sustentável da América Latina. Vamos continuar trabalhando para oferecer cada vez mais soluções para o food service e atender às necessidades desse importante mercado.

    Eliane Mello, gerente de departamento – Ajinomoto Food Service

    O que será do food service na próxima décadaA Ajinomoto evoluiu dois dígitos ao ano todos os anos na última década. Mesmo durante a crise, a empresa continuou com seu ritmo acelerado de crescimento. Isso porque ouvimos nossos clientes e parceiros para evoluirmos juntos.
    Acreditamos na crescente tendência do brasileiro em se alimentar fora do lar, mas as escolhas desse consumidor devem mudar. Eles estarão cada vez mais preocupados com o meio ambiente e com a comunidade do entorno, por isso, estamos trabalhando constantemente para a melhoria das nossas linhas de produção, embalagens e insumos fornecidos para nossos produtos.
    Conciliar a saudabilidade com a indulgência será o nosso grande desafio e a Ajinomoto está trabalhando para deixar essas tendências mais harmônicas e presentes no nosso portfólio de soluções para o mercado. Junto a isso, a busca por soluções que aumentem a conveniência deve continuar, assim como o delivery e o take away (comprar para levar) nos grandes centros. O avanço contínuo da tecnologia nos dará possibilidades de colaborar com cardápios mais interativos, adequando nossos serviços para continuar evoluindo junto com nossos clientes.
    A “comida afetiva” tem lugar especial no nosso planejamento, pois entendemos que todo o distanciamento físico entre as pessoas, que estarão mais interligadas pela tecnologia, gera uma necessidade do ser humano na busca de segurança e afeto. E, por meio do sabor, os alimentos trazem as lembranças de momentos gostosos da vida. Nossos produtos, que estão há décadas na casa da maioria dos brasileiros, podem ajudar com isso, pois Tempero SAZÓN® é nacionalmente reconhecido como o tempero do amor.

    Liliana Couto, Gerente de Marketing da Alibra

    O que será do food service na próxima décadaA expectativa é que o setor de food service no Brasil continue a crescer na próxima década. Esse crescimento será ainda maior em empresas capazes de proporcionar novas e positivas experiências aos consumidores, tanto no alimento, como na forma de consumi-lo. Nesse contexto, cada vez mais novos modelos de negócios disruptivos irão surgir e revolucionar o setor por intermédio de novas tecnologias.

     

     

    Cassiano Facchinetti, Diretor Geral da Koelnmesse Brasil, organizadora da Anufood Brazil

    O que será do food service na próxima décadaCom o estilo de vida corrido e agitado do brasileiro, principalmente nas grandes cidades, podemos destacar a conveniência como a grande tendência do food service para a próxima década.
    Além da preocupação com a saudabilidade, que já é bastante evidente, as indústrias também estão apostando em novas tecnologias para atender à satisfação do cliente e aumentar a lucratividade.
    O delivery se confirma como uma fortíssima tendência de food service para os próximos anos, com um leque de possibilidades para fazer os pedidos: pelo telefone, por mensagem via WhatsApp, por aplicativo de celular, pelo site.
    Com esse novo cenário, as indústrias e os pontos de vendas precisam repensar o modelo tradicional de negócio tanto na produção, quanto na venda no ponto final.
    Investir na modernização e em novas tecnologias de atendimento é essencial para oferecer uma melhor experiência para o consumidor. O empresário precisa ficar atento às tendências e entender a demanda dos clientes. Senão, a organização não sobrevive.
    Por esse motivo, a realização dos nossos congressos na ANUFOOD Brazil, Feira Internacional Exclusiva para o Setor de Alimentos e Bebidas, tem como objetivo estimular o debate sobre as tendências alimentares mundiais e, a partir daí, buscar soluções para a produção de alimentos e bebidas para a próxima década.
    Queremos avaliar quais são essas tendências de consumo de alimentos no mundo e suas causas e consequências para a produção deles. É fundamental examinar os cenários, tanto nas questões que dizem respeito ao produtor quanto ao consumidor, para que seja possível orientar toda a cadeia produtiva.

    Jean Louis Gallego, Diretor Comercial da Aryzta

    O que será do food service na próxima décadaAntes de falarmos do futuro, vamos falar um pouco de nosso momento atual. Historicamente, o Brasil pós-períodos com fraco ou baixo crescimento econômico apresenta uma forte aceleração.
    Com a guerra comercial entre China e Estados Unidos não arrefecendo e sendo a China um dos maiores investidores em títulos do tesouro norte-americano, e com a Europa e Japão com taxas de juros baixíssimas, a China deverá desinvestir no mercado norte- americano e fortemente investir no mercado brasileiro e nos países emergentes. Isso significa investimentos em infraestrutura, que permitirá um forte crescimento de nossa economia para os próximos anos.
    O food service ou o mercado de alimentação preparada fora do lar continuará a ser impulsionado pelos mesmos agentes que hoje catalisam seu crescimento, nível de emprego, confiança e renda disponível.
    Com a reforma da previdência aprovada, a reforma tributária a caminho, com nossa moeda depreciada, o Brasil se torna um país cada vez mais atrativo a investimentos em bens de capital.
    Desse modo, se a conjuntura sócio-política mundial mantiver o status quo, ou seja, se o mundo não entrar em desaceleração a ponto de afetar nosso país, entraremos em um novo ciclo virtuoso, com o crescimento do emprego, da renda disponível para o consumo.
    Com mais confiança, haverá um maior consumo do FS tanto a lazer no jantar e aos fins de semana, bem como durante a semana no período de almoço durante o trabalho.
    Quando falamos do tamanho do mercado, o que podemos afirmar é que temos um vasto potencial de crescimento, iremos cada vez mais nos aproximar dos níveis europeus e norte-americanos de consumo, onde o food service representa cerca de 50% do gasto com alimentação.
    Não podemos nos esquecer de que nosso consumidor estará cada vez mais exigente e a Geração Z (1999-2019) estará ditando a demanda. A indústria e os operadores de food service devem estar atentos às tendências de saudabilidade, conveniência, inovação, junto com uma melhor experiência, é claro.

    Antonio Detsi, diretor geral do Bob’s

    O que será do food service na próxima décadaSomos otimistas em relação ao futuro. O setor de alimentação está mais dividido, com novos players. E isso é positivo, pois mostra um aumento do setor no Brasil e nos motiva a sempre inovar para atender às demandas dos nossos consumidores.
    O segredo é focar no longo prazo. Se olharmos um pouquinho além, veremos que há uma série de indicadores favoráveis ao segmento. Uma delas são as novas tecnologias, que estão incrementando a penetração do segmento. Somos um país com mais de 200 milhões de habitantes ávidos por oportunidades e crescimento.

     

    Ariel Grunkraut, Diretor de Vendas e Marketing do Burger King Brasil

    O que será do food service na próxima décadaEstamos animados com a perspectiva de crescimento da alimentação fora do lar no Brasil, impulsionada não só pela melhora da economia e retomada do emprego, como também pela contínua busca por conveniência e praticidade das pessoas em se alimentar no seu dia a dia.
    Nós do Burger King estamos sempre atentos às mudanças de hábitos dos consumidores, por isso, buscamos sempre acompanhar também os avanços que a tecnologia nos permite para suportar essa tendência e o delivery é, por exemplo, um deles.
    Para nós, serviços como totens de autoatendimento e o BK Express, nossa plataforma de e-payment que busca reduzir filas e agilizar os pedidos em nossos restaurantes, também são iniciativas que aproximam nosso negócio do dia a dia dos clientes e devem ser aperfeiçoadas ao decorrer dos anos.

    Joicelena Fernandes, gerente executiva de marketing da categoria Food Service da BRF

    O que será do food service na próxima décadaPara os próximos anos enxergamos um crescimento consistente do mercado food service, prova disso é o aumento de aplicativos de serviço delivery de comidas prontas. Outra tendência global observada são os restaurantes virtuais, que trabalham somente em plataformas digitais.
    A BRF está se inspirando nessas tendências para traduzir dentro do mundo do food service produtos que agreguem eficiência na operação, trazendo performance, conveniência, experiência, além de qualidade e segurança que são atributos inegociáveis da companhia.
    Para a BRF, esses estabelecimentos assim como os tradicionais restaurantes, hotéis e padarias são as principais oportunidades nesse mercado.

    Uilson Chacon Campana, Gerente Nacional de Vendas Caminhões – CAOA

    O que será do food service na próxima décadaEsse mercado nas próximas décadas só tende a crescer e isso deve acontecer de forma gradativa, em torno de 10% ao ano, ou até mais que isso.
    O setor de food service está vivendo uma adaptação e com a globalização e as novas tecnologias surgiram os aplicativos de delivery e outras plataformas que mudaram a maneira do público consumir os alimentos, principalmente nos grandes centros urbanos.
    As empresas do segmento têm que continuar se reinventando para que continuem conseguindo atender a essa nova demanda que vai evoluir ainda mais com o passar dos anos.
    Nessa perspectiva, esperamos seguir com um produto sempre moderno, como o Hyundai HR, que proporciona um transporte rápido e eficiente tanto nas grandes metrópoles como em regiões menos populosas.

    Carolina Oda, consultora especializada em bebidas e embaixadora do BCB São Paulo 2020

    O que será do food service na próxima décadaAcredito que a relação com a alimentação vai mudar bastante, talvez mais simples, mais natural, com as pessoas mais acostumadas com o assunto, com a atenção ao comer e beber bem, entendendo origem, se faz bem, se faz mal, e menos ostensiva. O comer e beber bem vai ser mais hábito do que status, até pela diminuição dos menus degustação, que já acontece, o aumento da conveniência, do delivery, levando a comida bem feita, elaborada ou assinada pra qualquer ocasião de consumo, e os anos corridas de atenção à cultura alimentar.

     

    Hélcio Oliveira, Diretor Presidente da Copra Alimentos

    O que será do food service na próxima décadaTendência mais para cardápios veganos, pratos com sabor potencializado pelo uso de técnicas para atender as expectativas dos consumidores. Aliado à inovação tecnológica. Presença maior de alimentos orgânicos, artesanais e frescos. Refeições que atendem às restrições alimentares. Redução de consumo em carne, soja.

     

     

     

    João Dellabruba, diretor da Dellabruna

    O que será do food service na próxima décadaO país está entrando em uma nova fase no ramo de gastronomia e refeição fora do lar. Os clientes estão mais exigentes em relação ao atendimento, custos e qualidade dos produtos. O empresário que não se profissionalizar de uma forma completa certamente deixará o mercado. Isso é um fator muito positivo, pois está conduzindo o setor para um patamar muito mais elevado. Inovação e eficiência são as palavras-chaves do momento. A entrada no mercado de profissionais de gastronomia formados pelas várias escolas que surgiram tem contribuído para uma melhora significativa da qualidade dos produtos oferecidos. São vários fatores e indicadores que apontam para um substancial crescimento e aperfeiçoamento desse mercado. Estamos vendo a retomada forte de investimentos na área.
    E como essa mudança está ocorrendo de forma ampla, certamente inclui desde a concepção arquitetônica e a decoração dos ambientes. Os móveis diferenciados estão ocupando um espaço cada vez mais expressivo nos novos empreendimentos. A Dellabruna Móveis está preparada para esse desafio. Foram vários anos de investimentos, desenvolvimento e aperfeiçoamento dos processos produtivos.
    Nossa visão para os próximos anos é muito positiva e a Dellabruna espera se consolidar de vez como a marca referência de móveis para esse mercado.

    Érick Jacquin, jurado do MasterChef e chef do Restaurante Président

    O que será do food service na próxima décadaO mercado de food service vai se voltar cada vez mais para os produtos naturais e com menos químicas. E os profissionais vão precisar ter cada vez mais conhecimento técnico e formação clássica. O futuro vai ser uma volta ao passado.

     

     

     

     

    Clélia Iwaki, Diretora da Fispal Food Service

    O que será do food service na próxima décadaAcredito que o segmento, aqui no Brasil, passará por uma etapa de amadurecimento, com um crescimento menos acelerado. Após uma fase de índices de crescimento arrojados, estamos agora entrando numa fase em que toda a cadeia precisa fazer uma revisão da sua forma de atuação e do seu planejamento de médio e longo prazos.
    É imprescindível um novo olhar com relação ao entendimento do que é valor para o seu público-alvo e, a partir daí, revisitar seu modelo de negócio de forma a atender a expectativa desse novo consumidor e, assim, manter sua competitividade num mercado tão disputado.

    Oscar Patiño, Vice-presidente da região da América do Sul na GL Foods

    O que será do food service na próxima décadaConsumidores cada vez mais informados, com mais possibilidades de comunicação em redes de maneira massiva para expressar suas percepções sobre produtos e marcas e com maior consciência ambiental, exigirão cada vez mais produtos sustentáveis de nossas indústrias, com rótulos limpos e ingredientes naturais, livre de conservantes e embalados em materiais altamente biodegradáveis.
    Como se isso não bastasse, nossos clientes da próxima década terão menos tempo para cozinhar e, portanto, procurarão produtos prontos para consumo ou que requeiram preparação mínima, além de embalagens convenientes e porções individuais.

    Carol Baía, sócia da Insight Feiras & Negócios, realizadora da HFN – Hotel & Food Nordeste

    O que será do food service na próxima décadaAcreditamos em uma maior proximidade e interação entre pessoas, produtos e empresas a partir de um uso intenso da tecnologia, o que garantirá praticidade, agilidade e novas experiências seja na compra, no autoatendimento, na apresentação dos produtos ou no delivery.
    O conceito de saudabilidade também estará cada vez mais em evidência em sintonia com a busca por produtos regionais, frescos e saborosos.

     

     

    Pedro Tatoni – Gerente de Marketing da Kerry

    O que será do food service na próxima décadaA grande expectativa para o food service na próxima década é que a experiência do consumidor seja pautada pela personalização do menu e de ofertas por meio de ‘machine learning’ – uso de inteligência artificial para identificar padrões do consumidor com o mínimo de intervenção humana.
    Além disso, o delivery, apesar de não ser novidade, continua em expansão e será transformacional para o canal e uma alavanca incrementar o volume dos operadores. A possibilidade de chegada de novas redes no Brasil também é algo que ajudará o mercado a crescer e se profissionalizar.
    Como o mercado brasileiro é muito impactado pela economia, os últimos três anos têm sido desafiadores devido às altas taxas de desemprego – que faz com que as pessoas optem por cozinhar em casa e que aumente a informalidade nesse setor – e também à inflação – que faz com que o custo dessas refeições aumente.
    Mas, no caso de melhora da economia, será possível crescer porque ainda há muito espaço. Hoje, em média, uma a cada quatro pessoas fez uma refeição fora de casa no dia anterior – número muito abaixo de outros mercados como os Estados Unidos, onde a média é de 50% (uma a cada duas pessoas) fez uma refeição fora de casa nesse mesmo período, ou seja, com uma melhora da economia, o consumo fora de casa será impactado positivamente, gerando aumento de volume e inovação.

    Fabricio Ferreira Silva, Head of Retail Latin América da LSG Sky Chefs

    O que será do food service na próxima décadaO mercado de food service está passando por grandes transformações e vivencia as constantes mudanças e incertezas econômicas de cada país na região da América Latina.
    A entrada e contínua expansão das redes internacionais de fast food, incluindo a ampliação dos Quick Service Restaurants e do conceito Casual Dining em geral, bem como a participação das lojas de conveniência e coffee shops, demonstram claramente a crescente relevância da alimentação fora de casa na região como um todo, porém com nuances distintas em cada país.
    No México, por exemplo, grandes redes conhecidas já se estabeleceram e continuarão com sua trajetória de crescimento, fortalecidas pela proximidade do mercado norte- americano. Chile e Argentina seguem com mais timidez esse mesmo caminho, porém com dimensões menores de volume e faturamento, enquanto o Peru com a sua vasta gastronomia continua apostando em uma grande variedade de redes e restaurantes diferenciados.
    O Brasil, por sua vez, é um mercado voltado aos restaurantes a quilo, além das redes internacionais e locais. A Evertaste, marca especialista em produtos e soluções customizadas de conveniência do LSG Group que atua na região desde 2014 (www.evertaste.com), observa algumas tendências fortes no comportamento dos consumidores que fazem o mercado de food service seguir um crescimento acima da inflação, dando maior participação aos players que atendem às novas exigências.
    A busca por conveniência, ou seja, um atendimento com conforto, praticidade e agilidade, está cada vez mais presente no dia a dia dos consumidores, principalmente nos grandes centros urbanos do país, algo que se reflete na expansão das lojas de conveniência como Shell Select, ampm, BR Mania, entre outros que buscam estratégias de ampliar a parte de serviços em alimentação através de produtos inovadores, novas vitrines e novos conceitos. Em paralelo, há uma sede por produtos premium, tendência que observamos principalmente nas lojas de café, como Starbucks, Casa Bauducco ou Delta Café, entre outros que apostam em produtos de alto padrão de qualidade, opções saudáveis e embalagens sustentáveis. O co-branding, parcerias com grandes marcas conhecidas, traz conforto e segurança ao consumidor, enquanto o desenvolvimento de soluções customizadas (tailor-made) nos permite atender às necessidades especificas de cada cliente.
    Embora perceba-se um fortalecimento cada vez maior dos distribuidores para atender o grande número de locais independentes no Brasil, a questão logística continua como desafio para o setor nos próximos anos. Com foco em inovação, uma das nossas prioridades é o aumento da vida útil dos produtos através de novas tecnologias que aliviam as barreiras de abastecimento e permitem maior acesso ao mercado fora dos grandes centros. As novas tecnologias não transformam apenas o processo de desenvolvimento de produtos e serviços, mas se integram fortemente na interação com o consumidor, onde os pedidos de delivery e as relações diretas com pedidos digitais serão o futuro, reflexo direto dos costumes da nova geração. Por parte da produção, a automação e a robótica também irão modificar significativamente o nosso ambiente fabril em geral.
    Inseridos em um mercado veloz e em transformação, entendemos que certos atributos como a nossa pesquisa de tendências gastronômicas globais e locais, nossos chefs especializados no segmento de varejo, a nossa busca por inovação tecnológica, o suporte da nossa comunidade global, além de muita vontade de criar e inovar neste setor apaixonante, serão as chaves do sucesso da Evertaste na América Latina.

    Lucas Vicentini, Publicitário e Designer

    O que será do food service na próxima décadaFood service é um mercado que a meu ver está se despertando e tornando tendência no Brasil, mas já é conhecido em toda parte do mundo, principalmente na Europa. Vejo que o mercado ainda precisa reforçar o conceito e missão para o seu público, muitos vivem o food service, mas não sabem o que ele é, ou representa.
    Minha expectativa para esse mercado nos próximos anos é que ele tenha como estratégia a aproximação do usuário com o serviço, produto e fornecedor. Trazendo assim inovação e gerando expectativa e curiosidade para o “novo”. Nossa geração possui fácil acesso à informação, está ligada nas tendências e anseia por novas experiências.

    Victoria Gabrielli, Diretora de Marketing da McCain Brasil

    O que será do food service na próxima décadaO delivery é o canal que está puxando o crescimento do food service no Brasil, chegando a representar até 40% do faturamento de alguns restaurantes. O crescimento acelerado desse tipo de serviço irá impactar muito a dinâmica do mercado na próxima década, alterando hábitos e ocasiões de consumo e se tornando cada vez mais presente no dia a dia das pessoas.
    Um movimento que já percebemos é de que as pessoas ao comerem fora de casa estão em busca de experiências, de produtos diferenciados e com maior valor agregado. Já em casa, buscam praticidade, mas querem que a refeição chegue como ela está acostumada a consumir no restaurante, lanchonete ou bar.
    Por isso, o delivery requer que as empresas se adaptem e aprendam a trabalhar com produtos que sejam adequados para esse canal. Esse foi o grande motivo pelo qual desenvolvemos a SureCrisp, batata pensada especialmente para o delivery e que chega ainda crocante na casa do consumidor.

    Ana Carolina C. Santos – Gerente de Food de Nestlé Professional Brasil

    O que será do food service na próxima décadaMinha expectativa é de um mercado crescente, com muitas inovações em serviços e modelos de negócios. As pessoas vão buscar cada vez mais conveniência em alimentação sem abrir mão de novas experiências, prazer e saudabilidade.

     

     

     

    Milton Machado, diretor da Prática

    O que será do food service na próxima décadaAs expectativas para o Brasil são extremamente promissoras; muito espaço para crescimento. O brasileiro gasta pouco com a alimentação fora do lar (produzida fora do lar) em comparação a outros países. Com uma previsão otimista de crescimento e retomada da economia, o food service tende a crescer, pois terá aumento do número de empregos, confiança na economia e segurança do trabalhador/ empreendedor.
    Dessa forma, terá uma demanda crescente das cadeias de restaurantes, especialmente de Casual Dining, além do serviço de delivery, facilitando o acesso para comer fora de casa. Esse ciclo é virtuoso e possibilitará um crescimento da indústria de food service refletindo na indústria de equipamentos.
    A Prática tem investido bastante em P&D, procurando levar sempre para o mercado equipamentos com inovação tecnológica. A base desse desenvolvimento está focada em equipamentos com eficiência energética, o menor foot print possível, design funcional e elegante, além de ser user friendly e totalmente conectado. Nosso propósito é que nossos clientes possam contar conosco, em todas as dimensões esperadas, pois queremos ser uma ferramenta estratégica para prepararem alimentação boa, saudável, de qualidade e sem desperdícios.

    Angela Dias, Gerente de Projetos e Coordenadora Comissão Org. Sulserve e Reparasul

    O que será do food service na próxima décadaAs melhores. O food service é muito dinâmico e inovador. Já estamos testando entregas por drones aqui no Brasil e dez anos atrás isso estava só no cinema!
    O cliente está ditando as regras de consumo e o setor também tem apresentado uma série de soluções e respostas. Essa combinação torna o food service encantador.
    Não digo nem dez anos, daqui a quatro muita coisa que hoje nos acostumamos estará reformulada, e mais, para melhor!

     

     

    Flavio Antonio Leme de Oliveira, Diretor da BU Professional

    O que será do food service na próxima décadaDiante da constante mudança dos cenários e hábito de consumo de produtos alimentícios, é fácil perceber que as pessoas têm se adaptado a novas formas de consumo.
    Segundo um estudo do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), verificamos que a cada ano o consumo de produtos orgânicos aumenta em 20%. Isso é facilmente constatado quando nos deparamos com pontos de venda que possuem variados tipos de alimentos, dentre eles, gôndolas específicas para produtos orgânicos.
    Além do mais, os mindset das pessoas têm mudado para uma alimentação com menos consumo de proteínas de origem animal e maior consumo de verduras e legumes. Diante desse cenário, acreditamos que muitas mudanças acontecerão e a Santher já se prepara para esse novo modelo de consumo consciente.

    Manoela Victal, diretora de vendas para food services da Seara Alimentos

    O que será do food service na próxima décadaEnxergamos no food service nacional um grande potencial em faturamento, principalmente por apresentar um crescimento consistente diante das vendas no varejo. Acreditamos que ainda existe muito espaço no Brasil para o crescimento desse mercado, se o compararmos aos dos países mais maduros.
    Sabemos que os brasileiros comem fora por conveniência e lazer, inclusive durante a semana e, segundo pesquisas, o gasto estimado com essas refeições é de 30% do total dos gastos com a alimentação. Portanto, temos ótimas expectativas quanto ao futuro desse mercado no país, que conta com crescimento consistente e incremento no ticket médio.
    A Seara também entende que o food service necessita de uma solução completa, que atenda ao canal com produtos específicos e embalagens adequadas. Para isso, se faz necessário estar próximo e disponível, visando cada vez mais construir um relacionamento direto com o cliente.
    Buscando entregar o melhor serviço, temos que considerar desde soluções de captação de pedidos, SAC e suporte, até tecnologias aplicadas para que os pratos sejam preparados com o melhor rendimento possível.

    Anesio Rodrigues – Gerente Comercial SINA Alimentos

    O que será do food service na próxima décadaCom a previsão do crescimento da economia para a próxima década, aliados com os novos formatos de compras através de aplicativos, tornando mais prático e rápido o mercado de fast food e o crescimento impulsionado para entregas delivery, tenho certeza de que teremos um crescimento próximo de dois dígitos ao ano.

     

     

     

    Claudio Pastor, diretor geral da Rational

    O que será do food service na próxima décadaNossa expectativa é muito positiva. Obviamente que o mercado ainda passa por um período de recuperação, mas as transformações que vêm ocorrendo também geram muitas oportunidades.
    Quem tiver diferenciais tecnológicos e maior proximidade com o cliente colherá muitos frutos. Além disso, novas tecnologias vêm sendo trabalhadas para que as necessidades crescentes por conectividade, diversidade e eficiência sejam atendidas.

     

     

    Clovis Tramontina, Presidente da Tramontina

    O que será do food service na próxima décadaPersonalização e eficiência são palavras que se intensificam no futuro. O mercado food service está em constante ascensão. Isso é percebido pela quantidade de empreendimentos inaugurados e o crescente interesse por novas experiências em gastronomia.
    Para atender o segmento, a Tramontina aposta em linha completa de cozinhas profissionais e móveis empresariais em madeira, para equipar restaurantes e outros estabelecimentos do setor.
    Com equipamentos de aço inox, matéria-prima que tem como forte atributo a alta durabilidade e a fácil higienização, as cozinhas profissionais da Tramontina garantem alto desempenho ao mercado food service.
    Os produtos aliam design, tecnologia e funcionalidade, além do grande aproveitamento do consumo energético que gera considerável redução de custos para o negócio. Com opções versáteis, a linha de móveis de madeira traz contemporaneidade aos ambientes internos de bares e restaurantes.

    Ricardo Marques, vice-presidente de Food Solutions para o Sul da América Latina

    O que será do food service na próxima décadaJá começamos a ver algumas movimentações acontecendo no setor no sentido de premiunização dos pratos e refeições e uma crescente preocupação com menus que abrangem preparos acompanhando as dietas vegetarianas, veganas e celíacas, por exemplo. Acreditamos fortemente que essa tendência deve crescer e inundar o mercado nas próximas décadas.
    Além disso, a categoria irá crescer ainda mais delivery e as “dark kitchens”, que se orientam e expandem através do digital e devem auxiliar na efetividade do operador, que cada vez mais precisará focar na agilidade de toda a cadeia de produção.
    O mercado está crescendo e com o foco na experiência do consumidor, a praticidade e a eficiência serão cada vez mais essenciais nas operações.

    José Carlos Palopoli, Trade Marketing – Xamego Bom

    O que será do food service na próxima décadaO setor de food service brasileiro nunca parou de crescer, embora nos últimos anos a crise tenha influenciado bastante nessa velocidade de crescimento. Porém, é fato que, segundo o Instituto Food Service Brasil, na última década, esse mercado movimentou mais de 150 bilhões de reais ao ano, o que pode ser notado principalmente se observarmos o crescimento das grandes redes com mais de 20 lojas.
    Nós da Xamego Bom acreditamos que esse mercado ainda não chegou ao seu limite de crescimento e que ainda estejamos longe de atingi-lo, pois prova disso é o crescente número de franquias de alimentação que surgem a cada ano.
    É com base nessa crença que a Xamego Bom continua a investir no aprimoramento de sua equipe e de seus processos, visando sempre aliar praticidade e qualidade, de modo a facilitar a vida do transformador, auxiliando-o a produzir itens saudáveis, personalizados e de qualidade, que em nossa opinião são ingredientes de sucesso.

    Yasmine Weissheimer, Arquiteta especialista em arquitetura para restaurantes

    O que será do food service na próxima décadaPor conta do crescimento do mercado de food service e da grande competição que esse mercado proporciona, os bares e restaurantes estão buscando inovar cada vez mais.
    Locais grandes nem sempre são a melhor opção, pois demandam um grande investimento e um custo alto de operação. Por isso, pensar os ambientes de forma estratégica é fundamental. Hoje temos fortemente na arquitetura ambientes pequenos, porém extremamente funcionais. Mobiliários e equipamentos de cozinha planejados de acordo com o cardápio proporcionam uma maior funcionalidade e aumento da produtividade dos restaurantes.
    Com a tecnologia de equipamentos de cozinha cada vez mais modernos, conseguimos otimizar e controlar os processos.
    Projetar o salão de forma que ele possa se modificar a medida que recebe públicos diferentes – Permitir a movimentação das mesas, para sua união e separação, sem prejudicar a iluminação ou conforto dos clientes.
    Proporcionar atrativos através da tecnologia como internet nos ambientes, mesas com tomadas para carregador, tablets acoplados para um cardápio mais interativo.
    As cozinhas show ou conceito aberto ganham força – Cada vez mais, as pessoas querem ver como a comida está sendo feita. Elas querem sentir que fazem parte da experiência, e não apenas escondem a comida que lhes é trazida “magicamente”.
    Ambientes prontos para Instagram – Os chamados “ambientes instagramáveis” são uma forte tendência para os próximos anos. Locais pensados e atraentes para que o cliente sinta o desejo de compartilhar uma foto do lugar.

    DESIGN ZERO-RESÍDUOS

    O desperdício zero é definido como uma das principais tendências quando se trata de menus de restaurantes, por isso não é surpresa que a tendência esteja se estendendo ao design de restaurantes. Isso está levando a um aumento de materiais não acabados, reciclados –particularmente aqueles que fornecem uma noção do seu uso anterior. Combinados com esses materiais, há detalhes industriais e iluminação simples e clara.

    Reynaldo Zani, Sócio Diretor da Zak Business Development

    O que será do food service na próxima décadaOs próximos 10 anos serão de consolidação do movimento de modernização e renovação pelo qual o segmento está passando.
    A profissionalização está ganhando força na rua e deixando de ser privilégio e diferencial de poucos. O “know how” está acessível, o mercado está amadurecendo, o consumidor está entendendo melhor o que é food service.
    O movimento que muitos chamam de “gourmetização” nada mais é do que o resultado do aumento de capacidade de execução por parte dos operadores e a mudança de referência com relação ao que pode ser qualidade.
    As mudanças estão chegando com sangue novo, através de jovens empreendedores e empreendedores novos no segmento. Pessoas sem preconceitos, sem paradigmas, desprovidas de premissas envelhecidas e com muita criatividade, competência e amor pelo negócio.
    Novos modelos, novos conceitos, novas formas de ver o que já é conhecido, nova forma de tratar o produto, o consumidor, os parceiros, os fornecedores, os colaboradores, os concorrentes.
    Para os que acham que inovação se resume a tecnologia, vale lembrar que no nosso segmento ela é atividade meio e não atividade fim. As inovações relevantes que têm surgido e as que surgirão daqui para frente estão muito mais relacionadas à mudança na forma de ver, pensar e tocar o negócio do que a qualquer outra coisa.
    O velho modelo do “só eu sei”, “só eu ganho”, “só eu tenho”, “só eu posso”, “só eu faço” está acabando. O mundo do food service está ficando melhor, mais divertido, mais surpreendente, mais gostoso e mais democrático.
    Sorte a nossa e que venham os próximos 10 anos!

    Rogério Morgado, graduado, mestre e doutor pela USP e professor universitário e de treinamentos

    O que será do food service na próxima décadaAo falar sobre as minhas expectativas para o mercado de food service para a próxima década. Vamos lá:

    • Empresas mais humanizadas.
    • Mercados mais justos.
    • Pessoas mais felizes.
    • Empresas mais humanizadas

    Além dos produtos melhores, mais saborosos, funcionais e por que não lucrativos para as suas empresas nos próximos tempos no food service, as pressões para se reduzir constantemente os custos e aumentar a eficiência, além das demandas por desenvolvimento sustentável e até as pressões decorrentes de mudanças sociais e tecnológicas. Enfim, para tudo isso as empresas precisam se humanizar de verdade.

    • Mercados mais justos: penso que devemos fazer uma reflexão sobre as mudanças significativas que a sociedade e assim o mercado de forma geral precisarão passar. Em todos os setores, os produtos estão se tornando cada vez mais parecidos, e também é um fato constatado que os clientes podem se preocupar menos com os preços quando uma oferta é baseada no valor que eles percebem e querem como diferencial na compra de determinado produto ou serviço.

    Devemos acreditar que o mundo muda e mudará para melhor!

    • Pessoas mais felizes.

    Eu acredito que a diferença mais importante para as empresas do food service nos próximos tempos será realizada pelas pessoas. Por mais que a tecnologia possa e deva impactar, considero a criação de serviços novos, que agreguem valor ao cliente, com a identificação de oportunidades e/ou com novas combinações para todos os negócios, virá fundamentalmente das pessoas. E não existe outra maneira para as inovações se estabelecerem no food service se não for com pessoas mais preparadas; e invisto, arrisco aqui dizer, mais felizes com seu trabalho, com sua contribuição e com seu papel, de forma geral, perante a vida.

    Ingrid Devisate, Diretora Executiva do IFB – Instituto Foodservice Brasil

    O que será do food service na próxima décadaEstima-se um crescimento médio de 8% até 2029, chegando ao valor de faturamento de R$470 bilhões. Avanços tecnológicos relevantes, desde novas máquinas na agricultura à inclusão de novas profissões, voltadas à pesquisa e qualidade. Profissionais que minimizem erros de produção, desperdício de matéria-prima e voltados à otimização de processos, evitando erros de estoque e atrasos de entrega. Estarão em voga também profissionais direcionados a produtos e serviços, que tornem suas empresas cada vez mais competitivas, gerando redução de custos e ganhos de eficiência. Finalmente, inteligência estratégica, executivos que façam uso massivo de pesquisas de mercado big data, e IA.
    Muitos acreditam que a automação iminente ameaçará os empregos em todas as etapas da indústria (da agricultura ao varejo). Os trabalhos com maior probabilidade de desaparecer ou mudar completamente são, principalmente, aqueles que envolvem tarefas muito estruturadas, repetitivas ou árduas. No que diz respeito ao setor de alimentos, acredito que há a probabilidade de que trabalhos de atendentes de fast food, padeiros e outras profissões relacionadas à cadeia de alimentos se tornem automatizados. A maioria deles não desaparecerá completamente, porém a automação terá repercussões no nível e tipo de qualificação e treinamento dos funcionários. Amazon Go é um exemplo de loja totalmente automatizada (ou quase totalmente automatizada).
    Novos alimentos também serão cultivados ou transformados em laboratório, de forma a beneficiar cada vez mais os consumidores. A agricultura vertical será integrada à vida urbana, como uma solução para garantir a segurança e disponibilidade alimentar, como já ocorre no Japão, onde já existem centenas de fazendas verticais.
    Por fim, o uso da impressão 3D nos alimentos. Com máquinas novas e cada vez mais acessíveis, essa evolução mudará o trabalho de chefs e outros profissionais do food service. Diversos tipos de alimentos já podem ser impressos, como chocolate, farinha, açúcar e até carne. As perspectivas futuras incluem a possibilidade de personalizar os produtos (em termos de forma e até mesmo de conteúdo nutricional) e talvez vejamos a criação de mais uma nova profissão, de designers de impressão 3D de alimentos. Provavelmente, seja até possível baixar uma receita de um chef e imprimir o prato para comer em casa! No ritmo atual de desenvolvimento tecnológico, possivelmente, estejamos mais perto de comer comida virtual do que pensamos!

    George Lima de Paula, Diretor de Marketing e Negócios da Teknisa

    O que será do food service na próxima décadaO mercado de food service tem caminhado a partir de soluções que prezam por experiências mais inteligentes aos seus clientes e profissionais da área. Atualmente, já é possível apostar em tecnologias que são desenvolvidas a partir da Inteligência Artificial. Essa tendência trabalha com dados estratégicos de forma a agilizar a rotina das empresas, além de solucionar os problemas operacionais que possam surgir.
    Dentro do segmento de Inteligência Artificial, é possível destacar o conceito de Internet das Coisas (do inglês, Internet of Things), que é definido como uma rede de dispositivos e itens conectados à web presentes em nosso dia a dia e que se comunicam entre si. Essa tendência tem ganhado cada vez mais espaço no cenário de alimentação fora do lar, contribuindo para uma experiência mais positiva e até personalizável aos clientes.
    O cruzamento de informações que essa tecnologia é capaz de realizar nos permite projetar uma integração desde o atendimento à mesa até a produção dos alimentos na cozinha, como é o caso do KDS (Kitchen Display System). Outro exemplo é o controle de alimentos por meio da captação de imagens, que permite que os profissionais administrem as refeições nas cubas de um restaurante, repondo-as rapidamente.
    Contando com a tecnologia como principal aliada, as soluções para o segmento de food service vão sendo projetadas ao redor de tendências como Inteligência Artificial, que contribuem para uma experiência cada vez mais diferenciada ao mercado global.

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