Tudo a Ver: Móveis de qualidade fazem toda a diferença

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    Boa experiência e fidelização de clientes estão relacionadas à qualidade do mobiliário dos estabelecimentos food service

    O Brasil é o quinto maior mercado no setor de food service no mundo e, só no primeiro trimestre do ano passado, registrou elevação de 3,9% na comparação com o mesmo período de 2017, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Foodservice Brasil (IFB). Além disso, estimativa do mesmo instituto revela que um terço dos brasileiros, algo em torno de 80 milhões de pessoas, se alimenta em estabelecimentos comerciais, sendo que 34% dos alimentos passam pelo segmento de food service.

    Nesse cenário de expansão, os empresários do ramo de alimentação fora do lar também se deparam com um consumidor cada vez mais exigente e com fácil acesso à informação por meio da Internet e das populares mídias sociais. Com isso, atualmente, somente oferecer comida de qualidade, bons preços e serviços diversos já não é mais garantia de sucesso. Afinal, outros quesitos, como a boa experiência do cliente e sua consequente fidelização, estão diretamente relacionados à qualidade do mobiliário dos restaurantes, bares, lanchonetes, cafés, entre tantos outros negócios na área.

    “Um dos principais objetivos de qualquer empresa é fidelizar seus clientes, e os móveis, incluídos num projeto bem planejado, ajudam a atingir esse objetivo. A experiência que ele vai vivenciar é essencial e, para isso, não podemos considerar isoladamente os móveis, mas, sim, móveis de qualidade como parte de um planejamento elaborado. Isso, sim, é capaz de criar o laço com o consumidor”, destaca Junior Piacesi, arquiteto e diretor da Piacesi Arquitetos Associados, localizada em Belo Horizonte, Minas Gerais.

    Segundo Piacesi, ao pensar na construção de uma boa experiência ao consumidor food service e sua fidelização, os empresários precisam priorizar alguns itens de investimento, assim como a contratação de um profissional que os auxiliem nesse decisivo processo.
    “O equilíbrio entre cores, iluminação, cheiro, texturas, sons. Esses elementos são essenciais na construção das sensações do cliente no espaço e é justamente isso que gera a fidelização, o desejo de voltar. Mas não podemos esquecer que, para que isso ocorra, é preciso respaldo técnico. A importância de se investir num planejamento detalhado nesse sentido vai além da fidelização do cliente. Essa combinação de elementos é capaz de estimular o cliente a consumir mais; a consumir os produtos mais rentáveis para a casa; a permanecer por mais tempo ou a ir embora mais rápido e/ou a consumir pouco, ou se sentir desconfortável. Tudo isso depende fortemente da qualidade, não só dos móveis, mas do planejamento técnico arquitetônico de um ambiente de food service”, detalha o arquiteto.

    Para Piacesi, a determinação se um móvel é de qualidade ou não depende de alguns fatores. “Em primeiro lugar, ele deve ser adequado ao objetivo do ambiente, à imagem que se deseja transmitir, à sensação que se deseja inspirar nas pessoas. Ou seja, ele deve contribuir para a construção da experiência que aquele ambiente se propõe a oferecer às pessoas. Nesse sentido, as cores e texturas são essenciais. No caso do setor de food service, como em qualquer outro tipo de ambiente, deve-se ter em mente o comportamento, o padrão de movimento, as expectativas e desejos das pessoas que o frequentam. As pessoas visitam um bar, restaurante e/ou lanchonete parar vivenciar experiências de comunhão, diversão, sabores estimulantes ou relaxamento? Ou apenas para comer rapidamente entre um compromisso e outro? Tudo isso deve ser levado em conta. E um móvel será de boa qualidade para o ambiente se suas cores, design, texturas e conforto puderem enriquecer a experiência dessas pessoas, deixarem uma marca, algo que seja lembrado depois, de uma forma positiva. E, além disso, convidá-las e estimulá-las a cumprir o objetivo ao qual o ambiente se propõe enquanto estiverem lá”, ressalta.
    O arquiteto acrescenta também que os móveis de qualquer negócio de alimentação fora do lar necessitam seguir padrões básicos de qualidade em termos de funcionalidade. “As cadeiras devem ter selo do INMETRO, que determina portarias diferentes para cada tipo. As cadeiras altas infantis, por exemplo, devem ser adequadas à norma NBR 15.991, que estabelece seus critérios de segurança. Já as cadeiras plásticas monobloco são regulamentadas pela ABNT NBR 14776:2013. E, por aí, vai”, salienta Piacesi.

    Desenvolvimento

    A Tramontina desenvolve móveis para o mercado food service. Atualmente, a empresa oferta 10 linhas nessa área, sendo compostas por cadeiras, mesas, sofás, bancos, poltronas, entre outras mobílias.

    Móveis Tramontina
    A Tramontina desenvolve móveis para o mercado food service. Atualmente, a empresa oferta 10 linhas nessa área, sendo compostas por cadeiras, mesas, sofás, bancos, poltronas, entre outras mobílias

    “Possuímos diversos itens desenvolvidos com foco nesse mercado corporativo. Quando o assunto é experiência do cliente, cada mínimo detalhe pode colaborar para a fidelização. Um ambiente com móveis de qualidade e design diferenciado transmite ao cliente uma experiência positiva, pois conecta as boas lembranças da marca ao ambiente. Uma boa apresentação do estabelecimento faz toda a diferença para o consumidor”, assegura André Guerra, diretor comercial da Tramontina Belém, no Pará.

    O diretor avalia que o uso desse tipo de mobiliário selecionado traz ganhos para as empresas, como a “aquisição da percepção positiva do cliente final, que passa a agregar mais valor ao estabelecimento. E, em longo prazo, a economia de tempo e dinheiro, pois um produto de qualidade permanecerá útil por mais tempo, evitando o retrabalho de novas compras e gastos. Economizar na hora de comprar móveis pode levar a novos investimentos a um curto espaço de tempo. É preciso ter a convicção de que está investindo em um produto com material de qualidade, conforto e segurança, capaz de oferecer aos clientes finais a melhor experiência possível. Além disso, ter a noção de que está agregando uma marca de confiança ao seu estabelecimento, com destaque no segmento de food service”, indica.

    Soluções

    Outra empresa que trabalha com móveis voltados ao mercado food service é a Dellabruna, que já fabricou mais de 2 milhões de peças e atendeu mais de quinze mil clientes no Brasil e no exterior, de acordo com João Dellabruna, diretor da marca.
    “Trabalhamos para garantir a solução completa em móveis de madeira para nossos clientes de food service. Temos uma ampla linha de cadeiras e mesas de madeira, mas também fabricamos banquetas, poltronas, booths, bancos, mesas bistrôs, mesas comunitárias, bancadas, lixeiras de madeira, aparadores, cadeirão infantil e jogos americanos. Executamos projetos especiais conforme a necessidade de cada cliente”, partilha Dellabruna.

    Tudo a Ver: Móveis de qualidade fazem toda a diferença
    “Executamos projetos especiais conforme a necessidade de cada cliente”, afirma João Dellabruna, diretor da marca

    Para o diretor, além da qualidade dos móveis dos estabelecimentos de alimentação fora do lar, o design também proporciona a sensação de um ambiente aconchegante e agradável aos clientes. “O conforto dos móveis garante maior permanência do cliente no local e, por consequência, maior valor do ticket médio. É de extrema importância que os móveis sejam de qualidade e garantam a segurança dos usuários. Mas, sem dúvidas, uma boa decoração também é importante na fidelização dos clientes”.

    Dellabruna afirma também que “um ambiente com decoração agradável e móveis confortáveis cria uma percepção de bem-estar, agregando valor e fidelizando o cliente. Além disso, a durabilidade dos móveis deve ser sempre levada em consideração na hora da compra. O investimento deve levar em conta o tempo de duração e o custo de manutenção no decorrer do tempo. Deve-se levar em conta aquele ditado popular que ‘o barato sai caro’”, alerta o diretor.

    Dellabruna complementa ainda que “o investimento em mesas e cadeiras vai depender muito do tipo de negócio e do cliente a ser atendido. Para um sistema de self-service básico, a média de investimento gira em torno de R$ 240. Para um self-service de um nível mais alto, esse valor pode chegar a R$ 430. Já para o segmento de bares e choperias, o investimento médio gira em torno de R$ 310 por lugar. Para restaurantes sofisticados e diferenciados, esse valor pode atingir a casa dos R$ 1.000 por lugar”.

    Mercado

    Com atual capacidade de produção de mais de mil móveis por dia, a Franco Bachot é uma empresa especializada em desenvolver soluções em mobílias para o mercado de hospitalidade, o que inclui estabelecimentos de alimentação fora do lar, de entretenimento e de hotelaria. A marca oferece um mix de produtos que contempla, além de mesas e cadeiras, itens como poltronas, banquetas, booths, sofás, bancadas e lixeiras. Tudo distribuído em linhas com distintas propostas.

    Franco Bachot
    Restaurante Bella Vista, em Campos do Jordão, com móveis Franco Bachot

    “A linha L´Avenir oferece produtos de design contemporâneo, com linhas ousadas e estilo marcante. São móveis indicados para ambientes de alto padrão que possuem propostas arrojadas de decoração. A linha Diplomat se caracteriza por um design de estilo clássico e alto padrão, com dimensões maiores e acabamento especial para proporcionar conforto extra, o que torna o ambiente imponente e sofisticado. A linha Mondiale reúne os produtos mais tradicionais, que são os grandes sucessos de vendas da Franco Bachot. Nessa linha, temos a divisão Classic, cujos móveis estão em mais de 20 mil estabelecimentos de todo o Brasil, e a divisão Trends, que possui produtos produzidos com combinações de materiais além da madeira, como o aço carbono, inox e prolipropileno”, diz Adriano Lemos, coordenador de marketing da empresa.

    Segundo Lemos, atualmente, o empresário do setor de food service consegue adquirir móveis de qualidade para um restaurante, por exemplo, com investimentos a partir de R$ 250,00 por lugar, já considerando a necessidade de aquisição de mesas, cadeiras e móveis auxiliares, como aparadores e cadeiras infantis.

    “Diversos dos nossos produtos contam com a exclusiva tecnologia Solid-fix, que consiste em um conjunto de técnicas e características únicas. As cadeiras e poltronas que utilizam a tecnologia Solid-fix possuem componentes e geometria estrutural de alta precisão, além de utilizarem cantoneiras triplamente fresadas e sistemas de fixação com espigões especialmente modelados para cada encaixe, ao invés das cavilhas tradicionalmente utilizadas por outros fabricantes. A combinação dessas técnicas aumenta significativamente a vida útil dos móveis. Outro grande diferencial de nossa empresa é poder oferecer ao nosso cliente o mais amplo e completo mix de produtos do nosso mercado. Atualmente, são mais de 200 modelos organizados em nossas três linhas, além das diversas possibilidades de customização, sob consulta”, relata o coordenador de marketing da marca.

    Lemos esclarece ainda que, ao pensar em qualidade dos móveis, donos de negócios de food service devem levar em consideração que “qualidade é sempre um termo subjetivo, que depende do critério aplicado à avaliação em questão. No caso de móveis para o setor food service, o principal atributo é a durabilidade do móvel. Em uma praça de alimentação de shopping center, por exemplo, em único dia, uma cadeira pode ser submetida a uma quantidade de ciclos de uso equivalente a um longo período de utilização em um ambiente residencial. Assim, a resistência estrutural passa a ser determinante nesse cenário. Embora o mobiliário também tenha uma função decorativa, sua principal finalidade tem caráter absolutamente funcional e, por essa razão, é mais importante que o um restaurante conte com móveis duráveis do que bonitos. O conforto dos móveis também é importante e, em um patamar mínimo, indispensável. No entanto, a escolha de móveis mais ou menos confortáveis é na verdade uma decisão estratégica, relacionada ao tempo que se deseja que o consumidor permaneça no estabelecimento. Estabelecimentos de fast food, por exemplo, em que a rotatividade de clientes geralmente é maior, é mais comum o uso de assentos sem estofamento. Quando o tempo de permanência é mais longo, o que exige assentos mais confortáveis, o estabelecimento, geralmente, precisa trabalhar com um ticket médio mais alto para não afetar a rentabilidade do negócio. Mas, obviamente, é perfeitamente possível produzir móveis que sejam confortáveis, duráveis e bonitos ao mesmo tempo”, ressalta.

    Em expansão

    Simone Soares é diretora comercial da Movelaria Paranista, que foi fundada em 1992 e que, hoje, é especializada em móveis para o setor food service. “Numa época em que todos os fabricantes de móveis estavam se especializando na produção de móveis em MDF, detectamos carência de móveis diferenciados no mercado de food service. Todas as fábricas produziam modelos muito parecidos e o crescimento de negócios nesse setor era muito alto. Foi um grande passo, pois tivemos que passar do mercado local a que já estávamos acostumados para um mercado nacional gigante. Com isso, tivemos que aprender a lidar com nossas diferenças regionais do mercado brasileiro, a forma de negociar, os gostos, a linguagem, tudo varia de um estado para outro. É um setor muito dinâmico, sempre temos que estar pensando em lançar novos produtos, novas cores, novos acabamentos”, conta a diretora comercial.

    Movelaria Paranista
    “É um setor muito dinâmico”, diz Simone Soares, diretora comercial da Movelaria Paranista

    Conforme Soares, cada vez mais, as pessoas fazem suas refeições fora de casa e isso faz com que a produção e venda de móveis de qualidade para o setor de alimentação fora do lar estejam em expansão.

    “O mobiliário de um restaurante é um dos itens mais caros. Por isso, é primordial que esse investimento seja durável e dê o melhor retorno possível sem ter que se reinvestir nesse item e nem gerar grandes custos de manutenção ao longo dos anos. Hoje em dia, é possível mobiliar um restaurante de 100 lugares com R$ 45 mil, considerando móveis de excelente qualidade. Mas, primeiramente, deve ser feito um planejamento geral do empreendimento, um plano de negócios que mostre quantas refeições ele precisa servir ao dia para manter o seu ponto de equilíbrio, buscar um ponto estratégico que permita fácil acesso aos clientes e grande visibilidade, consultar bons profissionais para desenvolver a identidade visual, projetos arquitetônico, elétrico, hidráulico, montagem de cardápio, uniforme etc. E, principalmente, encomendar os móveis e equipamentos com tempo hábil, além de treinar bem a equipe”, aponta.
    Atualmente, a Movelaria Paranista apresenta linhas de mesas, cadeiras e bancos próprias para uso intenso em bares, restaurantes, cafés e salões de festas. A maioria dos móveis é feita em madeira maciça, com design focado na simplicidade.
    “A Movelaria Paranista aplica técnicas construtivas em seus produtos que priorizam a resistência, como colas importadas de altíssima aderência, vernizes especiais, espumas bidensidade, revestimentos sintéticos e madeiras de reflorestamento. Tudo é produzido buscando a sustentabilidade, desde a embalagem. O design de nossos produtos é diferente de todas as linhas já existentes no mercado e possibilita que cada cliente nosso tenha uma cadeira exclusiva, fazendo a personalização com aplicação de desenhos, logomarcas em técnicas como impressão ou ‘marchetaria’. Essa última resgata uma técnica milenar de marcenaria, em que com madeiras de cores diferentes formamos os desenhos desejados”, conclui Soares.

    Dellabruna
    www.dellabruna.com.br
    Tramontina
    www.tramontina.com.br
    Franco Bachot
    www.francobachot.com.br
    Movelaria Paranista
    www.movelariaparanista.com.br
    Junior Piacesi
    www.piacesi.com

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