Gestão consciente

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    Durante o ano de 2016, a maior parte dos trabalhos que pude acompanhar e realizar em grandes e pequenas redes de alimentação teve como escopo principal ou um dos principais escopos o resgate da rentabilidade do negócio.

    Mesmo nos casos em que o objetivo principal não era esse, passava a ser, quando o operador ou gestor do negócio “descobria” no decorrer do trabalho que o lucro real não existia ou que este era bem menor do que ele pensava ser.

    Muitos foram os que se espantaram quando mostramos que nos três últimos anos só a correção inflacionária das linhas CMV (Custo de Mercadorias Vendidas), CMO (Custo de Mão de Obra), Custo de Ocupação (aluguel + condomínio + despesas relacionadas ao imóvel) e Prestações de Serviços, deterioraram a margem de lucro, em alguns casos, em até 70%, pelo simples fato de neste período a venda não ter superado os reajustes de forma suficiente a impedir a redução de margens.

    Independentemente dos problemas, necessidades e oportunidades, o que todos os casos tinham em comum era a ausência de um processo de análise e acompanhamento do negócio com base em indicadores de performance.

    Parece incrível, mas muita gente ainda administra o negócio sem acompanhar os indicadores básicos de saudabilidade.

    Desta forma, em vez de direcionarem a gestão de acordo com os objetivos e necessidades, acabam tendo que trabalhar o tempo todo na correção de contingências e recuperação de curso.

    A gestão se torna reativa e, pior que isso, sem referência ou subsídios.

    É como se o piloto de um avião quisesse pilotar sem painel de controle e plano de voo.

    Para o ano que se inicia, será premissa de sobrevivência a gestão consciente.

    Consciente não só com relação a onde chegar, mas também como.

    Gestão preparada para ler e identificar interferências e oportunidades durante o percurso e não apenas constatá-las ao fim, quando estas já o impediram de chegar ao destino pretendido.

    Consciência de que fazer sempre melhor é obrigação e que não se tem resultados diferentes fazendo as coisas da mesma forma.

    Pense nisso enquanto é tempo de recomeçar.
    Sucesso em 2017

    2 Comentários

    1. Olá sr. Zani. Tive o prazer de fazer parte de sua equipe gerencial em uma “determinada organização”. Pude contemplar sua capacidade intelectual e operacional. Parabéns pelo artigo e que esse ano de 2017 o termômetro que mede o grau de capacidade operacional e de liquidez das empresas sejam melhores que o ano de 2016.

    2. Caro Zani,

      Artigo muito interessante.
      Nos últimos dois anos, passei por algumas cias, e tive exatamente a mesma observação.
      O mais interessante é que em alguns casos, os empresários tem o orgulho acima de muitas mudanças, retardando e muito a capacidade de rentabilidade, lucratividade e muitas vezes a colocando em risco a saúde(vida) da cia.

      Obrigado pelo artigo.

      Grande abraço

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