Capa: Dupla perfeita

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    Base da alimentação do brasileiro, a mistura arroz com feijão apresenta benefícios nutricionais, tem valor afetivo e conta com êxito garantido nos mais diferentes tipos de estabelecimentos

    Um levantamento que foi divulgado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) em maio do ano passado mostrou que a maioria dos brasileiros anda se esforçando para manter uma alimentação saudável ao buscar consumir produtos mais frescos e nutricionalmente mais ricos, como a tradicional combinação arroz com feijão. E, mesmo com o atual agitado modo de vida, o mesmo estudo apontou que oito em cada dez habitantes do país apresentam essa postura.

    Já uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Goiás (UFG) e pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em 2017 evidenciou que o arroz e o feijão continuam firmes na alimentação do brasileiro, que, em média, consome 40 kg de arroz polido e 16 kg de feijão por ano, o que representa a ingestão de 60 gramas de arroz e 22 gramas de feijão a cada uma de suas duas refeições diárias.

    Mas por qual razão o arroz com feijão ainda pode ser considerada a base da alimentação do brasileiro? Segundo a nutricionista clínica Stefani Rocha Medeiro, a resposta está no fato de essa mistura de sucesso apresentar grandes benefícios nutricionais, além de agregar valor afetivo durante sua degustação.

    Stefani Rocha
    “Quando se fala em cultura, não tem como esquecer desses dois componentes que são tradição na mesa dos brasileiros”, ressalta a nutricionista clínica Stefani Rocha

    “Só de falar no arroz com feijão, sentimos o cheirinho gostoso e, logo, lembramos da família reunida em volta da mesa, sorrindo, contando casos e sentindo o sabor tão gostoso dessa dupla. Claro que, em uma nação tão cheia de riquezas, quando se fala em cultura, não tem como esquecer desses dois componentes que são tradição na mesa dos brasileiros. Porém, essa dupla não é apenas famosa por ser tradição brasileira, mas, sim, também bastante nutritiva. O arroz com feijão faz bem para a saúde. O arroz é rico nos aminoácidos metionina e cisteína, porém, é carente do aminoácido lisina. Já o feijão, por sua vez, apresenta todos os aminoácidos essenciais, sendo, inclusive, rico em lisina e pobre em metionina e cisteína. Por isso, o arroz e feijão são uma dupla perfeita”, explica a profissional da área da saúde.

    Capa: Dupla perfeita
    Christina Larroudé, gerente de marketing da Camil, marca com o portfólio de grãos mais amplo do mercado brasileiro, classifica a combinação arroz com feijão como “um clássico que representa muito mais do que um dos pilares da cultura gastronômica nacional”

    Christina Larroudé, gerente de marketing da Camil, marca com o portfólio de grãos mais amplo do mercado brasileiro, classifica a combinação arroz com feijão como “um clássico que representa muito mais do que um dos pilares da cultura gastronômica nacional. Fonte de nutrição, a combinação dos grãos faz do cardápio diário fonte de nutrientes essenciais para o bom funcionamento do organismo. É um prato carregado de valor afetivo e é também uma combinação repleta de nutrientes.

    Arroz e feijão se complementam, não só na culinária, mas também nutricionalmente. Por isso, além do forte valor afetivo e de representar com muito sabor a culinária nacional, arroz e feijão são ingredientes também para o bom desenvolvimento infantil e para uma dieta rica em nutrientes para toda a família”, destaca a profissional.
    Luciano Targa Ferreira, diretor adjunto de vendas da Josapar, empresa responsável pelas marcas de arroz Tio João e de feijão Meu Biju, ressalta que o arroz com feijão é um prato quase que indispensável nas refeições dos brasileiros há décadas. Para ele, a combinação já faz parte da identidade do nosso país.

    “Arroz e feijão são uma combinação completa de proteínas vegetais e trazem mais benefícios à saúde juntos do que separados. Isso porque quando o feijão é consumido com um cereal, no caso o arroz, o organismo consegue fazer a digestão de todas as vitaminas e proteínas vegetais. O arroz, que constitui a principal fonte de carboidratos na dieta da maioria dos brasileiros, é rico em vitaminas do complexo B, reduz colesterol ruim, faz bem ao coração e outros músculos, melhora a pele, o sistema nervoso e o aparelho digestivo, além de outros benefícios. Já o feijão, fonte de vitaminas B1, B2, B3 e B9, é rico em proteínas e minerais (potássio, ferro, fósforo, cálcio, cobre, zinco e magnésio), faz bem para o intestino, também melhora o sistema nervoso e ajuda no crescimento,” avalia o diretor.

    Capa: Dupla perfeita
    Sabine Fröhlich, diretora comercial da marca de arroz e feijão Fritz e Frida, pertencente ao Grupo Fröhlich, afirma que o grande sucesso da combinação arroz com feijão se deve a uma somatória de fatores

    Já Sabine Fröhlich, diretora comercial da marca de arroz e feijão Fritz e Frida, pertencente ao Grupo Fröhlich, afirma que o grande sucesso da combinação arroz com feijão se deve a uma somatória de fatores. “Possivelmente, pela combinação dos fatores nutricionais juntamente com questões culturais, já que a combinação faz parte da mesa desde nossa infância e de nossos antepassados, bem como pelo fator preço. O arroz é a terceira maior cultura cerealífera do mundo, tendo cumprido importante papel social, econômico e político no país, fazendo parte desde o princípio das refeições de colonos e escravos. E, não menos importante, o feijão é um dos alimentos mais antigos da história da humanidade. Juntos, se destacam como dois dos mais importantes componentes da dieta alimentar do brasileiro”, complementa.

    Andréia Giordani Bernardes, gerente de marketing da Pilecco Nobre, produtora de arroz, resume a grande fama da mistura arroz com feijão com o fato de ela representar “uma alimentação completa. Ou seja, rica em nutrientes e acessível a todas as classes sociais”.

    Mercado

    Conforme Larroudé, da Camil, o atual mercado de produção e comercialização de arroz e feijão continua forte. “Temos muitas oportunidades de consolidação da marca Camil por meio do ganho de participação de mercado e fortalecimento em regiões onde temos atuação mais tímida. Medimos, mensalmente, o volume produzido de arroz e feijão e as vendas aos varejistas, distribuidores, transformadores e ao canal de food service. Além disso, consultamos as mensurações da Nielsen, que traz uma estimativa do volume de compra nas lojas auditadas pelo instituto. São ferramentas importantes para entendermos o desempenho de nossas vendas e que nos ajudam a calibrar nossas estratégias de mercado”, destaca a representante da marca que, hoje em dia, exporta para mais de 50 países.

    A atuação da Camil em arroz e feijão é dividida por meio de seis linhas. “Temos a Linha Todo Dia, que oferece as variedades de arroz branco, parboilizado, integral orgânico e o culinária italiana. E também conta com variedades de feijão preto, carioca e fradinho. A Linha Cores, que tem as variedades de feijão bolinha, jalo, rajado, rosinha, fradinho e branco. Além de lentilha, soja, grão de bico, ervilha, canjica e milho para pipoca. A Linha Prontos, que engloba praticidade e qualidade de grãos já cozidos e prontos para consumo, embalagem abre-fácil Tetra Pak. Opções de feijão carioca e preto tanto temperados quanto para temperar. Além das variedades fradinho e branco, e de grão de bico, soja e lentilha. A Linha Integral, que é ideal para quem busca opções saudáveis, práticas e saborosas, conta com o arroz integral, cateto, 7 cereais e o biscoito de arroz integral. E a Linha Gourmet, que possui variedade de arroz para preparações diversas, como preto, vermelho, selvagem, basmati, carnarole e miniarroz”, detalha a profissional.

    Ainda de acordo com Larroudé, a Camil está atenta aos movimentos do mercado e às necessidades dos seus consumidores.
    “Sabemos que, muitas vezes, com uma rotina atribulada, nem sempre se tem o tempo e a disposição para preparar uma refeição nutricionalmente equilibrada. Pensando nesse momento dos consumidores, lançamos duas soluções que aliam praticidade com a qualidade e o sabor que a Camil sempre entregou para os brasileiros. Nossa Linha Prontos traz os grãos de feijão já cozidos e em embalagem Tetra Pak e nas versões com ou sem tempero, que estão prontos para serem consumidos. O melhor de tudo é que dispensam o uso de panela de pressão e ficam prontos rapidamente. Para complementar nossas opções de praticidade e qualidade nutricional dos grãos, lançamos o Minuto Caseiro, que é um arroz que já vem pronto para o consumo e só precisa ser aquecido no micro-ondas por apenas 1 minuto. É uma inovação superimportante para o consumidor, pois garante arroz com gostinho caseiro de maneira prática. Assim, não é preciso abrir mão de uma alimentação equilibrada, mesmo com uma rotina atribulada. Minuto Caseiro conta com três variedades, sendo arroz branco, integral e 7 cereais”, partilha a gerente de marketing.
    Fröhlich, da Fritz e Frida, possui outra avaliação sobre o atual mercado de fabricação e venda de arroz e feijão. Segundo a diretora comercial, “no Brasil, percebe-se uma redução no consumo de ambos os grãos. O estilo de vida mais dinâmico e a mudança de hábitos alimentares são possíveis causas dessa queda. Não há dúvidas sobre os benefícios da combinação arroz e feijão para a saúde, mas a tendência pelos pratos rápidos e o avanço do consumo de fast food é uma preocupação para a saúde e para o campo”, pondera.
    Em 2017, Fritz e Frida produziu, em média, 480.000 kg/mês de arroz, incluindo todos os tipos, totalizando 5.760.000 kg no ano.

    “Essa produção significou um crescimento em torno de 6% em relação a 2016, o que foi muito positivo, já que houve aumento dos preços, que fizeram com que alguns varejistas e consumidores buscassem marcas mais baratas. Já sobre feijões, produzimos em média 800.000 kg/mês, totalizando 9.597.841 kg no ano, o que significou um crescimento de 4% em relação ao mesmo período do ano anterior”, analisa Fröhlich.
    Atualmente, a Fritz e Frida produz o arroz branco e parboilizado, nas versões 1Kg, 2Kg e 5Kg, e o arroz integral, nas versões de 500g e 1Kg. Quanto aos feijões, a marca trabalha com o preto, nas versões 500g, 1Kg e 5Kg, o carioca, nas versões 500g e 1Kg, e os tipos vermelho e branco, na versão 500g.

    Origem e diferenciais

    Apesar de tão tradicional na mesa dos brasileiros, a origem da dupla perfeita arroz com feijão não é tão certa. A hipótese mais divulgada e aceita é que a receita surgiu da acidental combinação do arroz, que possui origem oriental e foi trazido pelos portugueses ao Brasil, com o feijão, que já seria consumido no país pelos ameríndios.
    “Trazido para o país pelos portugueses, o arroz caiu de fato no gosto do brasileiro em meados do século 19. Porém, existem registros de plantações datando de 1573. Já a história do feijão é bem mais antiga. Durante o império romano, o feijão era o alimento dos soldados e, no Brasil, ganhou os pratos dos roceiros, soldados e escravos como fonte de energia e praticidade de preparo”, conta Larroudé, da Camil.

    Já em relação aos diferenciais entre um bom e ruim arroz com feijão, a gerente de marketing da Camil explica que “os atributos esperados de um bom arroz são grãos soltos, com boa expansão, lisos e saborosos e que não empapam e não é preciso lavar nem escolher. Esses aspectos mudam bastante de acordo com o tipo. Um arroz tipo 1 terá menos defeitos. Ou seja, o pacote deve possuir no mínimo 92,5% de arroz inteiro, ficando sempre bonito e solto depois de cozido. Já o tipo 2 apresenta maior quantidade de grãos com defeito e o resultado é um arroz não uniforme depois de cozido. Outro fator que garante bastante diferença na receita final é a varietal utilizada. Para garantir um produto mais selecionado, a Camil usa as varietais 417/ 423, mais nobres, nos produtos Arroz Tipo 1 e Reserva. São varietais do grão mais nobres e que garantem melhor experiência sensorial e rendimento. Já um bom feijão é aquele que você não precisa escolher. Ele deve apresentar um caldo mais espesso, após a cocção e grãos macios. No caso do feijão carioca, o ideal é que os grãos sejam claros. Outro critério é o menor tempo de cocção”.
    Segundo Ferreira, da Josapar, o controle de qualidade do arroz e feijão deve começar desde o planejamento do plantio, quando é feita a escolha da variedade que será cultivada, até o armazenamento.

    “Esse cuidado é fundamental em todas as fases, que incluem o manejo da lavoura e a colheita, chamada de tratamento da matéria-prima. Afinal, diversos fatores podem influenciar a qualidade do grão, como as condições de desenvolvimento da cultura, o manejo, condições climáticas, a época e a condição de colheita, o método de secagem, o sistema de armazenamento, os métodos de conservação, o processo e as operações de beneficiamento industrial dos grãos”.

    Ainda conforme o diretor adjunto de vendas, “um arroz de qualidade é aquele que apresenta pequena porcentagem de impurezas, grãos quebrados e com defeitos, baixa suscetibilidade à quebra, alto peso específico, boa conservabilidade, baixos índices de contaminação por microrganismos, ausência de micotoxinas e alto valor nutricional”.
    Em relação aos cuidados no cultivo do feijão, ele afirma que são praticamente os mesmos, sendo que salienta ser fundamental escolher locais que registrem temperaturas entre 15ºC e 30ºC, pois a planta não suporta baixas temperaturas.

    “Um grão de qualidade é aquele que não apresenta defeitos (amassado ou danificado), nem tenha cor alterada, provocada pela presença de insetos vivos, como carunchos ou lagarta das vagens”, enfatiza.
    Fröhlich, da Fritz e Frida, explica que a grande diferença entre um bom e ruim arroz com feijão está na sua classificação.

    Andréia Giordani
    “Mantemos um trabalho de disseminar o conceito de alimentação saudável e consumo consciente”, salienta Andréia Giordani Bernardes, gerente de marketing da Pilecco Nobre

    “O feijão pode ser classificado como feijão tipo 1 e essa classificação é atribuída aos grãos que atendem a critérios rigorosos de controle de qualidade estabelecidos pela legislação brasileira (MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento). Isso acontece porque, para que o feijão seja classificado como tipo 1, ele deve ser aprovado em diversos testes que verificam suas características de acordo com padrões oficiais. Quando o feijão analisado não atende a todos os critérios de qualidade de forma satisfatória, ele pode ser classificado como tipo 2, tipo 3 e fora de tipo, em ordem crescente de impurezas e defeitos. Apesar de oferecer uma qualidade menor, essas categorias ainda podem ser comercializadas, desde que essa classificação seja exibida na embalagem. Para arroz é a mesma regra e, além do fator nutricional, o feijão pode ainda ser classificado como T-1, T-2, T-3 e fora de tipo. O feijão T-1 possui menos impurezas que os outros tipos.”
    Já para Bernardes, da Pilecco Nobre, o grande diferencial entre as variadas marcas de arroz e feijão pode também estar na preocupação das empresas com o fator sustentabilidade. Segundo a gerente de marketing, o Grupo Pilecco Nobre incentiva a produção de qualidade com sustentabilidade, desde a lavoura até a mesa do consumidor.

    “Alinhados a essa filosofia, mantemos um trabalho de disseminar o conceito de alimentação saudável e consumo consciente nas escolas, para as comunidades onde atuamos. Além disso, desenvolvemos um trabalho de valorização da cadeia produtiva do arroz, ao abrir processos de desdobramentos industriais utilizando-se do desenvolvimento tecnológico para industrializar os resíduos, gerando energia elétrica renovável e sílica ecológica por meio da casca do arroz, o que agrega valor de ponta a ponta no processo da produção, permitindo, assim, a homologação junto à Organização das Nações Unidas – ONU de seu projeto de créditos de carbono”, conta.

    Além disso, a marca também implantou sistema de secagem a vapor que permite maior eficiência no processo e economia de energia e faz uso da embalagem verde da Brakem, que é produzida a partir do etanol de cana-de-açúcar, uma matéria-prima renovável que, durante a sua produção, o polietileno verde I’m greenTM captura e fixa gás carbônico da atmosfera, colaborando para a redução da emissão dos gases causadores do efeito estufa, sendo que ele também apresenta as mesmas características do polietileno tradicional e pode ser reciclado na cadeia de reciclagem já existente. Com isso, a Pilecco Nobre já foi reconhecida pela comunidade científica internacional e teve um artigo publicado no Congresso de Alimentos LCA Foods 2014 em São Francisco, nos Estados Unidos.

    Camil
    www.camil.com.br
    Josapar
    www.josapar.com.br
    Meu Biju
    www.meubiju.com
    Tio João
    www.tiojoao.com.br
    Grupo Fröhlich
    www.frohlich.com.brFritz e Frisa
    www.fritzefrida.com.br
    Pilecco Nobre
    www.pilecconobre.com.br
    Clinica Penchel
    www.clinicapenchel.com.br

     

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