CMN amplia crédito para produtores de alimentos que pressionaram a inflação

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    Os produtores de alimentos que pressionaram a inflação no início do ano terão acesso a mais financiamento agrícola. O Conselho Monetário Nacional (CMN) permitiu que esses produtores peguem até R$ 2 milhões emprestados nas linhas de financiamento de custeio agropecuário.

    Originalmente, cada agricultor podia financiar até R$ 800 mil. O CMN ampliou esse limite para R$ 1 milhão, mas autorizou que os produtores de batata inglesa, cebola, feijão, mandioca, tomate, folhagens e legumes peguem mais R$ 1 milhão além do teto, totalizando R$ 2 milhões.

    De acordo com o Ministério da Fazenda, a medida beneficiará os produtores de culturas específicas, “cuja produção deve ser incentivada para redução da inflação de alimentos”. O limite de R$ 2 milhões também abrangerá os agricultores inscritos no Cadastro Ambiental Rural, que prevê normas rígidas de manejo ambiental dos cultivos. Para as linhas de investimento, o limite individual foi reajustado de R$ 300 mil para R$ 350 mil, independentemente do tipo de cultura.

    O secretário adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, João Rabelo, disse que a equipe econômica analisou os produtos que subiram mais que a inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nos últimos cinco anos. “Esses alimentos, que sofrem com maior sazonalidade, foram contemplados com o limite adicional de crédito”, explicou.

    O CMN também aprovou uma resolução que estimula os bancos a liberar mais crédito para os alimentos que pressionaram a inflação. O conselho introduziu mudanças nas fórmulas que definem o quanto dos recursos de compulsórios (depósitos que os bancos são obrigados a recolher ao Banco Central) as instituições financeiras devem destinar para as linhas de crédito a essas culturas.

    O conselho também facilitou a obtenção de financiamentos para os agricultores médios. As taxas de juros das linhas de crédito do Programa de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) caíram de 5% para 4,5% ao ano. O limite de crédito por beneficiário foi ampliado de R$ 500 mil para R$ 600 mil nas operações de custeio e de R$ 300 mil para R$ 350 mil nas operações de investimento.

    Fonte: Agência Brasil

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