Clássica e atual

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    Criada na Inglaterra nos anos 1970, torta banoffee já teve seu momento de explosão de vendas, ganhou releituras e permanece expressiva

    Banana e doce de leite. Essa combinação, muitas vezes, é servida em formato de uma torta, a banoffee.
    Criada na Inglaterra nos anos 1970, a sobremesa tem simples preparo, mas sabor inesquecível devido às suas camadas de banana, doce de leite e chantilly, assim como sua base crocante de biscoito. Talvez por isso que, há anos, é um clássico da culinária inglesa, mas também muito consumida por milhares de brasileiros e a aposta de muitos empresários do ramo food service.

    Clássica e atual
    “É um doce consumido e adorado por muitos clientes”, afirma Renata Cardozo, proprietária de lojas do Santo Grão, sobre a torta banoffee

    Renata Cardozo é proprietária de lojas do Santo Grão, uma rede de ambientes de café, restaurante e lounge fundada em 2003, em São Paulo, capital, pelo empresário neozelandês Marco Kerkmeester. Ela conta que a torta banoffee é uma das sobremesas com maior saída em um dos seus negócios.
    “A torta banoffee é uma sobremesa inglesa com base de massa amanteigada, bananas, toffee (doce de leite mais consistente) e creme chantilly. Em algumas releituras, ela também pode ser feita com chocolate e café. O doce da torta é proporcionado pelo doce de leite, claro. A banana traz o equilíbrio e a massa, que precisa ser bem-feita, fresca e úmida, é o diferencial. É um doce consumido e adorado por muitos clientes”, afirma.
    Cardozo complementa que “a torta banoffee tem origem inglesa e seu nome é a junção de ‘banana’ com ‘toffee’ – um doce de leite bem consistente. Lá pelos anos 70, o chef do restaurante Hungry Monk em Jevington criou a sobremesa com base em outra receita norte-americana, que fez muito sucesso e foi se espalhando pelo mundo. Nós replicamos a receita na versão tradicional, feita com bananas, doce de leite e chantilly. Mas existem muitos chefs que fazem variações da sobremesa utilizando massa de chocolate, cobertura de nata, amêndoas ou até mesmo mascarpone”, explica.
    Torta banoffee também faz parte do cardápio da casa Hey Daisy, localizada em São Paulo, capital. “A Hey Daisy surgiu pela vontade de duas amigas quererem inovar em uma proposta de informalidade e criatividade. E a torta banoffee, apesar de já ser um doce conhecido, passou pelo nosso toque, diminuindo um pouco a quantidade de açúcar para não ficar enjoativa. No Hey Daisy, é uma sobremesa em que os clientes se surpreendem por ser um doce equilibrado”, diz Beatriz Martinez Barthasar, chef do local.
    Barthasar revela ainda à nossa reportagem que “sempre gostei de comer torta banoffee. Até que a venda cresceu consideravelmente na cidade de São Paulo e, então, resolvi começar a preparar. Já encontrei muitas variações, usando desde massa de cookie, algumas com morangos e até uvas. A receita que preparo no Hey Daisy é a tradicional de banana com doce de leite. Temos alguns truques para deixá-la bem crocante. O ideal é que sirva bem geladinha. Aqui, ela não é muito doce, o que facilita e agrada uma quantidade maior de pessoas. A torta tem bastante saída e alguns clientes são fiéis a ela”, ressalta.

    Atemporalidade

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    “A torta banoffee já teve seu auge, mas, como a torta é muito boa, acabou caindo no gosto dos consumidores”, diz Beatriz Martinez Barthasar, chef do Hey Daisy

    A torta banoffee, apesar de não ter um nome muito popular, é daquelas sobremesas atemporais. Ou seja, nunca sai de moda. Mas o que a faz ser um doce tão atrativo e que agrada há tantos anos diferentes paladares?
    Para Cardozo, do Santo Grão, a resposta é “porque é um doce simples que traz um apelo afetivo, daquele doce que a família come reunida, já que a preparação leva uma massa parecida com um biscoito, bananas e doce de leite caseiro. Além disso, é uma sobremesa leve que cabe em todos os momentos. Essa sobremesa nunca vai sair de moda. Ela já teve seu momento explosivo de vendas, já passou por fases de muitas releituras e ainda faz parte de cardápios de vários restaurantes de renome”, enfatiza.
    Barthasar, do Hey Daisy, acredita que o sucesso da torta banoffee está diretamente atrelado “à combinação entre a massa crocante e amanteigada, unindo uma fruta tão conhecida por nós, que é a banana, e o doce de leite, além de ser finalizada com a cremosidade do chantilly, o que agrada bastante o paladar brasileiro. A torta banoffee já teve seu auge, mas, como é muito boa, acabou caindo no gosto dos consumidores. Acredito que tenha chegado para ficar”, avalia.

    Custo-benefício

    Outro grande diferencial da torta banoffee é o seu custo-benefício. Pelo fato de ser preparada com ingredientes como a banana, o seu preparo não é muito oneroso. Com isso, consequentemente, quem produz a sobremesa para vender consegue comercializar o doce a preços mais acessíveis.

    Mercado

    O mercado de alimentação tem evoluído de forma acelerada no Brasil, crescendo à taxa de 30% ao ano. E o de doces, especificamente, não fica para trás. Segundo pesquisa do Ministério da Saúde, um em cada cinco brasileiros consome doces cinco ou mais vezes por semana. E, de acordo com dados da Euromonitor International, esse consumo reflete diretamente no faturamento do segmento, que chega a alcançar cerca de 12 bilhões de reais ao ano.
    No caso da comercialização da torta banoffee, Cardozo, do Santo Grão, afirma que o perfil do consumidor desse tipo de sobremesa é variado. “Na parte da manhã e tarde, elas são pedidas para acompanhar um café ou chá. No almoço, é uma ótima opção de sobremesa porque é leve e pequena”, avalia.
    Barthasar, do Hey Daisy, por sua vez, diz: “Acredito que não exista um perfil específico de consumidor da torta banoffe, que combina com açafrones quentes nos dias frios para dar aquela ‘aquecidinha’ ou também com o açafrones + matchá, nos dias de calor para refrescar”.

    Santo Grão
    www.santograo.com.br
    Hey Daisy
    @heydaisy.sp

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