Calor faz crescer setor de sorvetes

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    Segundo a consultoria Nielsen, o volume de sorvetes vendidos no Brasil teve alta de 22% em doze meses até agosto, em relação com um ano anterior. O crescimento registrado pelo setor foi de 30% para R$4,4 bilhões.

    O seguimento está ligado com as variações climáticas no Brasil, fator que a indústria tenta mudar. “A gente não pode se preocupar com o tempo, tem que se preocupar em desenvolver o mercado”, conta João Campos, vice-presidente de sorvetes e alimentos da Unilever, líder do setor com a marca Kibon.

    Outra empresa que registrou crescimento foi a Nestlé, segunda maior empresa do seguimento. O diretor da unidade de sorvete da companhia, Rogério Lopes, disse que as vendas da multinacional crescem acima do mercado esse ano.

    Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Sorvetes (Abis), o consumo percapita no Brasil foi de 6,2 litros no ano passado, mas a entidade espera crescimento nos próximos anos.”O Brasil tem condições de ir para 10, 12 litros”,diz Campos. Alguns países europeus consomem em média de 18 a 20 litros. O Brasil, mesmo com o extenso litoral e o clima tropical que possui, é o 12° maior país do mundo no consumo por pessoa.

    Apesar de comercializar seus sorvetes em potes nos supermercados e picolés em menores estabelecimentos, a Unilever tem investido na venda direta ao consumidor. No ano passado, a empresa resolveu abrir um quiosque Kibon Station em um shopping em São Paulo. No fim desse ano foram abertos cinco unidades na capital paulista, e a intenção é ampliar o projeto em 2015.

    A Unilever também está investindo em sorvetes premium. A companhia trouxe ao país em setembro a rede americana Ben & Jerry’s. O preço de uma bola de sorvete custa R$10, preço similar ao das sorveterias Häagen Dazs.”Queremos estar onde o consumidor está e acessar novas ocasiões de consumo”, conta Campos. A marca americana também deve ser comercializada em alguns supermercados.”Estávamos planejando a vinda da marca há cinco anos. Nos últimos anos houve uma abertura do mercado para os sorvetes premium”, diz Kátia Ambrósio, diretora de sorvetes da Unilever.

    Fonte: Valor Econômico

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