Com o sentido de minimizar os impactos da pecuária na mudança climática, a Europa está sendo pressionada a reduzir o consumo de carne vermelha e lácteos.
A famosa organização britânica Chatham House, The Royal Institute Affairs, publicou ontem um relatório que, a média global por unidade de proteína na emissão de gases de efeito estufa são 150 vezes maiores na produção de carne bovina que ás de soja.De acordo com o Instituto, é improvável que a tempertura seja mantida abaixo de 2 graus Celsius sem que haja uma mudança no consumo global de carnes e lácteos.
Os maiores consumidores de carne no mundo são China, União Europeia (UE). EUA e Brasil. Entre os de lácteos são China e Brasil,sendo que na China o consumo vai ser quatro vezes maior. Nas negociações sobre mudanças climáticas (UNFCCC), dentre os 8 dos 55 países que mencionaram a pecuária na redução de emissões, apenas o Brasil estabeleceu uma meta de redução de emissões no setor.
O Chatham House fez uma pesquisa em vários países para avaliar a atitude do público no consumo de carnes. O resultado mostra que o consumidor leva em conta o sabor, o preço, a saúde e a segurança alimentar na hora de escolher o alimento, deixando de lado questões como o aquecimento global.
Segundo a organização, o maior potencial de mudança no consumo de carnes está nos países emergentes. Na pesquisa, países como o Brasil, China e India mostram maior aceitação do imapacto do aquecimento global e disposição para mudar o comportamento que em outros países.””Isso é encorajador, já que esses países estão entre os mais importantes para futura demanda por carnes e lácteos”, diz o estudo.
Fonte: Valor Econômico