Desde 1999, desenvolvo o que podemos chamar de parcerias estratégicas entre a indústria e o varejo de food service.
Posso dizer que fui pioneiro e precursor do conceito de produtos “co-branded” , tendo lançado as primeiras ideias e conceitos de praticamente todas as marcas famosas que vemos hoje assinando produtos e receitas nas praças de alimentação.
Também participei ativamente do processo de chegada ao mercado de produtos e negócios considerados na ocasião disruptivos, como o primeiro “Delivery Marketplace”, a primeira marca de café em cápsulas, bebida energética, meio de pagamento eletrônico com conexão móvel, cartão pré-pago e muitos outros.
Todos esses modelos e produtos que atualmente parecem óbvios, na época de sua concepção e abordagem ao mercado enfrentaram o mesmo problema: resistência baseada em paradigmas infundados e no espírito imediatista e unilateral que norteia a estratégia de negócio de muita gente.
Além de coragem e disposição em investir, para inovar é preciso entender que as necessidades e oportunidades relacionadas ao seu negócio podem ser atendidas e resolvidas com o negócio de outras empresas ou profissionais.
E mais do que isso, é fundamental entender que parceria é troca de ativos e não patrocínio ou exploração como forma de compensação da sua ineficiência em gestão.
O mercado e as relações entre as pessoas e entre as empresas mudaram.
As relações de dominância e imposição perderam força e em breve não existirão mais.
A mulher não depende mais de um homem específico, o empregado não depende mais de um empregador específico, o cliente não depende mais de um fornecedor específico, assim como o fornecedor não depende mais de um cliente específico.
Toda relação passou a ser substituível ou compensável se não for de verdade uma relação de reciprocidade.
Aos que entendem e conseguem viver com esse conceito, o mundo não terá limites, assim como as possibilidades com os seus negócios.
Aos que continuam acreditando que a dimensão econômica do seu negócio o faz importante, ou a quantidade de produtos ou serviços que consome de seus fornecedores, ou o crachá que carrega no peito, restará o aprendizado com a irreversível depreciação de performance.
Como profissional ou gestor, quantos parceiros possui? Com quantas pessoas e empresas troca ativos em prol de melhores resultados para ambos?
Como empresa, quantos clientes novos, parceiros e fornecedores conhece toda semana? Quantas vezes sentou com seus clientes, parceiros e fornecedores atuais para entender o negócio dele e, com isso, identificar mais sinergias e oportunidades para o seu?
Com quantas empresas está construindo em conjunto um cenário diferente do atual?
Sei que é difícil para muitos entender esse conceito, melhor para o mundo, pois só sobreviverão os que entenderem.
Escolha ser um deles.
Boas parcerias!