Praticidade na mesa

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    Poupar parte da mão de obra em um serviço pode resultar em mais tempo para fazer outros. Essa é apenas uma das vantagens em utilizar produtos prontos, como as batatas congeladas. Porém, além de mais prático, esses produtos podem alcançar uma padronização e conservação superiores ao trabalho artesanal.
    As batatas congeladas têm se transformado em produto principal das compras de donos de estabelecimentos. Com um corte preciso, elas economizam tempo de trabalho nas cozinhas profissionais. Nessa edição, conversamos com os principais produtores e fornecedores de batatas congeladas para entender mais sobre os processos de fabricação e as vantagens da utilização desses produtos.

    Vendas

    A Golden Foods importa batatas congeladas Quality Fries, um verdadeiro sucesso de vendas na empresa. “Esta foi uma das primeiras categorias da empresa e, embora tenhamos diversificado nosso portfólio de linhas e produtos, a família Quality Fries continua apresentando um resultado muito importante no nosso faturamento e para os negócios dos nossos parceiros. A Quality Fries é uma batata que caiu no gosto popular por ser crocante, ter pouquíssimos defeitos, palitos grandes e muito sabor”, explica Chicre Neto, gerente Comercial da Golden Foods.
    De acordo com o gerente, o consumo de batatas cresce a cada ano no Brasil, mas ainda é inferior em comparação a países da Europa, por exemplo. A proposta da Golden Foods é investir, cada vez mais, em novos cortes de batata para que esse setor possa continuar crescendo e amadurecer no país.
    O consumo dentro do varejo tem crescido, em decorrência da aparência que a batata congelada proporciona. Já no food service, essas batatas destacam uma necessidade dos estabelecimentos. “Não consigo imaginar um restaurante sem o uso da Batata Pré-frita congelada. Velocidade no preparo, padronização do corte e economia (de tempo, mão de obra, e ausência de desperdícios) são os benéficos observados pelos chefs de cozinha”, relata Neto.
    Além das referências, o gerente conta que os brasileiros têm apostado em produtos com mais qualidade. Produtos desse gênero podem garantir maior lucratividade. “É rentável tanto para nossa empresa, que importa o produto, quanto para nossos parceiros, distribuidores e operadores. A batata pré-frita congelada é uma categoria que auxilia os distribuidores na venda de outros produtos, na composição logística de suas cargas, na divisão dos custos dos estoques congelados e é, sem dúvida, um produto indispensável na grande maioria dos operadores brasileiros”, destaca o gerente.

    Belga

    Um dos países mais tradicionais na produção de batatas é a Bélgica, que trouxe toda sua expertise para o mercado brasileiro. A Lutosa é uma das percursoras nesse segmento, atuando há mais de 20 anos no país.
    De acordo com o diretor-geral da Lutosa no Brasil, Luiz Lampert, a demanda por batatas congeladas não é crescente apenas no país, mas em todo o mundo. No Brasil, essa demanda cresceu tanto que a empresa teve que criar uma linha de produção para batatas raladas e purê de batatas.
    Lampert também ressalta o aprendizado com o mercado brasileiro, que cresceu em todo o período que a Lutosa se instalou no país. “Temos o orgulho de ser pioneiros no nosso segmento, que, como o país em geral, evoluiu sobremaneira neste período. Porém, o que o mercado brasileiro tem nos mostrado com maior veemência, é que vale a pena uma empresa não desistir de inovar e jamais aceitar diminuir o padrão dos seus produtos para enfrentar instabilidades econômicas de um país. O Brasil tem mostrado à Lutosa que a única forma de enfrentar – de fato – as dificuldades é manter o foco na busca pela excelência qualitativa de produtos e serviços”, explica.
    Atualmente, a Lutosa exporta seus produtos para 125 países e mantém a perspectiva de inovação para desenvolver seus produtos. De acordo com Luiz, a empresa é fabricante do maior mix de produtos, sendo feitos com a mesma garantia de origem bélgica. Além disso, o diretor chama a atenção para a qualidade da batata que pode ser comprovada através do laboratório credenciado através do ISO/IEC 17025:2005.
    “A Lutosa é a única fabricante de produtos de batatas que está no Brasil desde 1994 comandada pela mesma equipe comercial brasileira com vasta experiência no país das batatas, atuando de braços dados com as equipes comerciais de suas sólidas parcerias nacionais, transferindo conhecimento por via de constantes visitas a todas as regiões do Brasil e da Bélgica, quando nossos executivos e parceiros trocam experiências regionais – aprendizado constante; e porque a Lutosa está sempre aberta a novas experiências de acordo com as necessidades do cliente – flexibilidade”, conta Lampert.
    As fábricas da Lutosa estão localizadas na Bélgica. Lá, a empresa utiliza tipos de “batatas de conservação” que não são encontrados em solos brasileiros e argentinos. Esse tipo de batata, como a Bintje, permite que a produção possa acontecer durante o ano inteiro. Com isso, a empresa não mistura outros tipos de batatas na produção, para que os consumidores consigam ter sempre o mesmo resultado no produto final. O controle na produção vai desde a entrada de produtos aos laboratórios credenciados. Um dos lemas da empresa é sempre investir na produção para obter melhores resultados.
    “No atual plano empresarial mundial da Lutosa, a filial brasileira está recebendo investimentos suficientes para que o Brasil seja o terceiro maior mercado da Lutosa – atrás apenas dos consolidados mercados Britânico e Francês – não apenas em volume, mas sobretudo em mix de produtos. O consumidor brasileiro pode ter certeza de que na Lutosa ele poderá sempre encontrar inovação. Hoje temos vinte produtos diferentes comercializados no Brasil, nossa meta é chegar a trinta nos próximos anos, e nenhum país no mundo está atualmente tão aberto à inovação quanto o Brasil”, conta Luiz.
    O mercado brasileiro tem preferência por vários produtos da Bélgica além da batata, como o chocolate e a cerveja. Segundo Lampert, apesar de o país acolher bem os produtos belgas, muitos estabelecimentos dizem comercializar produtos com uma origem enquanto na verdade vendem outra. “Não raras são as vezes que vamos lá ver a batata e ela, de fato, é de origem brasileira ou argentina, o que mostra que precisamos melhorar a nossa cobertura, e é o que estamos fazendo com investimentos contínuos nas nossas equipes comerciais, via parcerias com empresas brasileiras sólidas e que podem nos permitir ajudar os clientes finais brasileiros a terem, de fato, batatas belgas nos seus estabelecimentos”, finaliza.

    Pif Paf

    Uma outra empresa produtora de batatas é a Pif Paf, que mantém um rigoroso processo de produção. Tudo começa com a colheita no campo, onde são aplicadas boas práticas de manejo e higiene. Logo em seguida, as batatas são transportadas ainda cruas, selecionadas e imergidas em tanques para retirada dos resíduos. O processo de produção também envolve a pré-fritura das batatas e a retirada de óleo.
    Depois de todo esse processo, a batata é congelada e fica disponível para os consumidores e estabelecimento de alimentação. De acordo com Cláudio Faria, Gerente de Relações Institucionais da companhia, os produtos para o mercado de food service não perdem o padrão e a qualidade oferecida nos produtos Pif Paf, mas oferecem embalagens mais econômicas voltadas para esse mercado. As opções disponíveis são com pesos variando de 2,0 kg a 2,5 kg.
    Além da economia na embalagem, os estabelecimentos também ganham em reduzir custos dentro do próprio restaurante. “A batata pré-frita é prática e evita desperdícios e manipulações, pois já vem cortada em palito e com o aproveitamento de 100%. Como o produto é congelado individualmente, pode-se utilizar parte do produto contido em uma embalagem e manter o restante congelado”, explica Faria.
    O tipo de batata mais pedido pelos consumidores da Pif Paf é a “batata palito grade A”, é o que afirma o gerente. A Pif Paf também oferece diversos tipos de cortes, dentre eles a Victoria, Première, Fontane e Bintje. Há também opções para ir ao forno, inspirada nas panelas “Air Frayer”, que não necessitam de óleo para finalizarem as batatas.
    Segundo Cláudio, esse tipo de batata possui diversas qualidades. “Elas proporcionam inúmeras vantagens, a começar pelo sabor e crocância, passando pelo aspecto de saudabilidade, pela facilidade e tempo de preparo, seja na limpeza oferecida neste processo, além do fracionamento da porção e do excelente custo-benefício”, explica.

    Naturais

    A McCain tem apostado na simplicidade para atrair o cliente. De acordo com a diretora de marketing da empresa, Graziela Vitiello, o processo produtivo das batatas mantém regras para deixar as batatas mais naturais possíveis. “Entendemos que, quanto mais simples e cuidadoso nosso processo for, maior é a garantia de que entregamos o prometido”, ressalta.
    Com as vendas disparadas da batata palito, a McCain também vê crescer outros tipos de corte, principalmente para o food service. Graziela conta que as batatas do tipo canoa e frisé têm tido muita demanda. “Essas batatas são muito procuradas e, ao conversarmos com parceiros da marca, percebemos que o objetivo da McCain ao disponibilizar esses produtos para o food service foi alcançado, pois entendemos que o estabelecimento ao oferecer essa opção apresenta um diferencial. O operador ganha um cardápio mais diversificado e sai à frente da concorrência. Inovação e qualidade são tudo para qualquer negócio”, explica.
    O mercado brasileiro também favorece o consumo de batatas. Para Graziela, o Brasil possui um mercado altamente convertido por entender que a batata frita congelada agrega muito sabor e qualidade aos estabelecimentos. Para ela, a criatividade dos operadores para fazer novos pratos e diferenciá-los é uma tendência.

     

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