Masterchef Júnior: formação nas telas

    Masterchef Júnior trabalhou não só para a revelação de grandes talentos, mas para mostrar que a cozinha pode ter um grande número de possibilidades

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    O sucesso do Masterchef, exibido pela Tv Bandeirantes, ganhou novas proporções. Logo após a temporada 2015 do programa, com adultos, a emissora anunciou um novo programa em sua grade: o Masterchef Júnior.

    Inspirado no modelo da BBC, no Reino Unido, o Masterchef Júnior reúne 20 crianças entre 9 e 13 anos. O grande vendedor da edição brasileira levou uma viagem para a Disney, com direito a cinco acompanhantes – oferecido pela Decolar.com – um curso de gastronomia com duração de três meses e mil reais em compras nos Cartões Carrefour.

    A primeira edição do reality brasileiro estreou no dia 20 de outubro, pela TV Bandeirantes. O Masterchef Júnior já é realizado em mais de 22 países, como na Espanha, Estados Unidos, França e Austrália. A gravação do programa em terras tupiniquins começou 15 dias antes de o programa estrear, com uma estrutura de 600m², localizada na Band. Para receber os pequenos cozinheiros, algumas mudanças tiveram de ser feitas, além de receber uma cartela de cores mais adequada para as crianças. Nessa estrutura, 200 profissionais estiveram envolvidos para captar tudo o que acontece antes, durante e depois de cada prova.

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    Outro olhar

    O contato de crianças com o mundo culinário pode ajudar no futuro dos pequenos. Sob o comando dos três jurados da versão adulta do Masterchef, Erick Jacquin, Paola Carosella e Henrique Fogaça foram os responsáveis por julgar os pratos apresentados. Desta vez, dois candidatos foran eliminados em cada edição.

    A apresentadora do programa, Ana Paula Padrão, confessa ter ficado surpresa com o nível dos pratos apresentados pelas crianças. “Fiquei muito impressionada com o nível de conhecimento das crianças sobre cozinha, é coisa de adulto”, ressalta.

    Para continuar no programa, os participantes precisaram demonstrar suas habilidades na cozinha a cada semana e foram avaliados de acordo com seu desempenho. “O programa troca o dramatismo dos adultos pela leveza das crianças. Explora mais o lúdico, a surpresa e o divertimento, mas sem perder de vista a competição e a exigência culinária”, explica o diretor Patricio Díaz.

    A chef Paola Carosella considera essencial esse tipo de programa e leva ao telespectador algo que já vivenciou, quando era criança. “Cresci e fui educada na cozinha pelas minhas avós e tias. Acredito fortemente que a cozinha e o processo de se alimentar e alimentar os outros é uma das melhores formas que temos de educar nossos filhos”, diz.

    Provas

    Com a eliminação de dois participantes a cada semana, os jurados tiveram a difícil missão de escolher os melhores pratos e avisar aos participantes se continuavam ou não no programa. Para Paola, a forma de julgar os competidores teve os mesmos critérios que o programa voltado para os adultos. ““A gente julga pratos e não pessoas, então nossos apontamentos estão sempre sobre os defeitos do prato. Obviamente, levamos em conta que eles têm entre 8 e 13 anos e estão aprendendo, então as nossas críticas são construtivas, que dão a eles a oportunidade de aprender e melhorar”, explicou a chef, em entrevista para o Portal da Band.

    Também para o Portal, Henrique Fogaça contou que a forma de falar com as crianças é diferenciada, mas os critérios de julgamento continuam os mesmos, com rigidez na hora de avaliar os pratos. “A gente trata como criança mas, ao mesmo tempo, como profissional. Na forma de julgar um prato, falar os defeitos, é só saber como falar, mas acho que o peso final é o mesmo tanto para uma criança como para um adulto porque ela pode ser eliminada ou pode vencer. É a questão de colocar as palavras”, explica.

    O ar do programa ganhou novas formas com a presença das crianças. De acordo com a chef Paola, os pequenos cozinheiros possuem uma leveza na hora de preparar os pratos. “Estou surpresa, eles são incríveis e cozinham muito bem. Eles são espontâneos e isso é muito legal porque estão livres de muitas coisas que um adulto já tem. Eles trazem espontaneidade e uma coisa muito leve na hora de cozinhar, que é muito agradável de estar por perto”.

    A apresentadora do programa, Ana Paula Padrão, afirmou que estava tentando conter a emoção durante o programa. “Como com criança é sempre mais tocante e o estúdio inteiro chora, eu tento me segurar um pouco mais porque acho que todo mundo chorando não faz sentido”, conta. Ana Paula ressalta que uma de suas missões durante o programa é mostrar para as crianças que não há problema em ser eliminado durante a competição. “Eu quero passar para eles uma imagem de que não é triste deixar o programa, de que essas crianças que entraram na cozinha MasterChef são os 20 maiores talentos jovens da culinária do Brasil. Eles já estão nesse patamar e realmente são muito bons. Eu quero deixar uma mensagem positiva”, disse.

    Talento que não tem idade

    Já realizado em mais de 20 países ao redor do mundo, o Masterchef Júnior é um verdadeiro sucesso de audiência. “Existem crianças espalhadas pelo mundo que fazem um trabalho formidável no mundo da gastronomia. Acho que existe algum dom interno”, pontuou o chef Henrique Fogaça, em entrevista para o Portal da Band.

    Apesar do ar mais sério, Fogaça conta que tem facilidade de interagir com o público mais novo. “Eu sou igual a uma criança, minha idade mental é igual a delas”, brinca.

    Todas as provas realizadas durante o programa têm a supervisão de adultos, para evitar acidentes e mostrar o manuseio correto de utensílios e alimentos. Além disso, o programa tende a ter o caráter mais educativo. De acordo com Fogaça, o Masterchef Júnior será um bom cenário para ensinar aos chefs mirins. “Com as dicas que a gente pode dar e com a seriedade da atração, quem estiver aberto a isso vai aprender e vai crescer com certeza”, conta.

    Habilidade com os pequenos

    Com a missão de avaliar o melhor chef mirim brasileiro, a chef argentina Paola Carosella conta que não é uma missão tão fácil, mas os mais importante é garantir que o Masterchef seja uma experiência positiva para os pequenos. “Eu sou mãe. Então, para mim, o mais importante aqui vão ser as crianças e ensinar os novos cozinheiros. O programa tem de ser muito mais uma brincadeira, uma diversão, uma opção de aprendizado. É mais do que uma competição para ver quem é o melhor cozinheiro”, contou a chef, em entrevista para o Portal da Band.

    Na hora de avaliar os pratos, a chef conta que tenta falar de forma mais tranquila e construtiva para o aprendizado das crianças.”Com os pequenos, a gente tenta – pelo menos com a minha filha – deixá-los seguros para que eles possam ouvir um comentário, não necessariamente positivo, sem se desestabilizar. Ou seja, fazer com que eles consigam ouvir uma crítica. Porque o mundo tem críticas, ‘nãos’ e frustrações”, ressalta.

    Embora seja difícil passar a crítica para os mais novos, Carosella conta que o mais importante é ser honesta e fazer uma crítica sincera para os chefs mirins. “Se eu te falo alguma coisa e você está fechado, você não aprende. Se eu te abro o coração, você consegue receber [a crítica] melhor e você consegue aprender de fato. Eu acredito que, além da competição e da televisão, o mais importante e o que mais se sobressai é a possibilidade de eles e de os telespectadores aprenderem sobre várias coisas”, pontua.

    Inspiração

    Para o chef francês Erick Jacquin, que integra o quadro de jurados do programa, o Masterchef Júnior será uma atração importante para o público jovem, podendo influenciar no gosto pela gastronomia. “O grande foco do MasterChef Júnior não é formar uma pessoa para ser chef. A atração vai mostrar para o Brasil que qualquer um pode cozinhar, que criança pode se interessar pela gastronomia. Isso é uma coisa nova para o Brasil. O país não tem essa cultura. Então, acho que vai estimular muito os jovens”, explica, em entrevista ao Portal da Band.

    De acordo com Erick, cozinhar na infância é um passo importante para ser um bom cozinheiro quando for mais velho. “Eu sempre acreditei que a gente escolhe a profissão de cozinheiro quando se é novo. Eu não acho que se escolhe aos 25 ou 30 anos. É uma profissão que você deve escolher jovem. E não há idade para ter talento. Ele apenas cresce com o tempo e com a experiência”, explica.

    Para o francês, a forma de falar é diferente, mas o nível de dificuldade é o mesmo da competição com adultos. “Você não fala com uma criança do mesmo jeito que você fala com uma pessoa adulta”, explica Jacquin.

    Diversão na medida certa

    A oriental Jiang Pu, conhecida pela última edição do Masterchef e sucesso nas redes sociais, é uma das figuras marcantes dentro da programação infantil. A ex-participante voltou com a missão de propor uma prova diferenciada para as crianças, focando na diversão. A prova recebeu o nome de “Missão Impossível” e a cada semana os participantes eram desafiados a fazer um prato diferente.

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    De acordo com a chinesa, em entrevista ao Portal da Band, o tratamento dos jurados com os mais novos a deixou surpresa. “Eles viraram um amor com eles. Estou com inveja”, disse. Jiang conta que os programas são mais uma aula e não têm tanto o caráter de competição, com a pressão exercida com os adulto.

    Ela ainda conta que ficou surpresa ao ver os pratos preparados pelas crianças e que não esperava tamanha habilidade com as panelas. “As crianças cozinham mesmo. Eu não fazia isso quando era pequena. Alguns cozinham até melhor que candidatos do programa adulto. Eles são uns gênios. Agora posso chamar eles de fofos”, ressalta.

    Os participantes

    Antes de estrear o programa, a equipe do Masterchef Júnior foi divulgada. Os minichefs classificados foram Aisha (9), Andrey (13), Augusto (11), Daphne (13), Eduardo (13), Gleyson (12), Hytalo (11), Ivana (9), Johnny (10), Laura (11), Lívia (12), Lorenzo (13), Luiza (10), Mateus (12), Matheus (11), Piera (11), Sofia (12), Tomas (13), Valentina (12) e Vivi (11).

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    Cheio de novas amizades, o programa estreou com provas iguais às que os adultos participaram. Logo no primeiro episódio, a equipe foi dividida em três grupos, responsáveis por cozinhar carnes, sobremesas e massas. Além disso, ao longo dos programas, foram surgindo provas populares no Masterchef, como a famosa caixa misteriosa, a divisão em time vermelho e azul.

    O ar mais doce dos jurados foi algo que chamou a atenção dos participantes. Normalmente, eles são reconhecidos por uma postura mais rígida com os adultos. A primeira dupla de eliminados, Luiza e Augusto, se surpreenderam com o chef Fogaça. “Gostei de conhecer os chefs, foi bem legal. Por incrível que pareça, gostei mais do Fogaça. Ele conversou comigo de uma maneira mais aberta, mais livre, e eu achava que ele ia ser o mais durão”, confessou Luiza, em entrevista para o Portal da Band.

    “Eu achava que o Fogaça seria o mais bravo. Mas, quando eu o vi, ele começou a falar
    comigo e foi muito de boa. Eu estava bem ansioso, então foi uma emoção muito grande ter me encontrado com os jurados”, comenta Augusto, após ser eliminado servindo arroz vermelho e purê de mandioquinha.

    Outra dupla que deixou o programa foi Piera e Gleyson, após a prova de massas. Mesmo sendo eliminados no primeiro episódio, os participantes alegam ter vivido uma experiência única. “Para mim, entrar no MasterChef Júnior foi bem emocionante, porque eu aprendi muita coisa, principalmente com os meus erros. Em pouco tempo eu aprendi muita coisa: tempo de cozinha de diversos ingredientes, cortes de carne, entre outras coisas”, ressalta Gleyson.

    Para Piera, ter como jurados chefs renomados fez aumentar o orgulho por entrar no programa. Apesar de ter sido eliminada na primeira prova, a participante destaca as etapas para entrar no Masterchef Júnior. “É muito interessante ter alguns dos melhores chefs de São Paulo aprovando e experimentando a sua comida. Toda a experiência foi bem legal. Até entrar demorou bastante, mas passar por tantas provas, lições e depois saber que você está dentro do MasterChef e que vai poder usar o avental, é muito legal”, contou a chef mirim.
    Já na prova de sobremesas, quem deixou o programa foram Hytalo e Andrey. Para os participantes, além da alegria em poder participar do programa, as amizades que fizeram foi uma experiência muito positiva. “Gostei de ter entrado, do momento, das provas que vi e das pessoas que conheci. Adorei ver também os chefs ao vivo, principalmente o Jacquin, que é com quem eu me identifico mais”, conta Andrey.

    Sucesso de audiência

    Logo na primeira exibição do programa, o MasterChef Júnior já confirmava o sucesso que seria. Por seis minutos, a atração alcançou sete pontos no Ibope, deixando a TV Bandeirantes na segunda posição no horário. Logo em seguida, o programa ficou 49 minutos marcando a audiência de seis pontos. Durante a exibição, um dos assuntos mais comentados era a estreia do Masterchef Júnior, com 419 mil menções no twitter e alcance dos trendings topics mundiais.

    Na segunda semana de programa, não foi diferente. O Masterchef Júnior alcançou o pico de oito pontos de Ibope por 32 minutos e chegou à vice-liderança durante o horário. Logo no segundo episódio, os participantes tiveram a primeira caixa misteriosa e tiveram que preparar receitas com peixes.

    A chef Paola Carosella também deu o ar da graça e ensinou os participantes a famosa empanada preparada pela argentina. A vencedora da prova foi a participante Daphne, que além de ganhar destaque, também teve seu nome mencionado no cardápio do LA Guapa Empanadas & Café, de Paola. “Eu não tenho nem um terço da experiência que ela tem e a Paola falar que minha empanada vai entrar no cardápio dela foi incrível. Pretendo ir ao restaurante experimentar”, reforçou Daphne.

    As crianças fizeram pratos elaborados e desempenho mais elaborado. O terceiro programa já contava com uma prova que envolvia o preparo de pratos com linguiça artesanal para uma equipe de circo. O nível das provas não eram muito diferentes das desenvolvidas para os adultos. Com a supervisão dos chefs, os participantes puderam provar seus conhecimentos e aprender, ainda mais, sobre gastronomia.

    Tomás, um dos eliminados na prova de circo, contou ao Portal da Band que foi um acaso ele ter saído do programa. “Não descartando a habilidade de quem ainda está no programa – eles estão porque merecem estar lá –, mas uma pequena falha pode te tirar da atração. É muito por acaso. Se a Izabel [finalista da segunda temporada do MasterChef Brasil] tivesse colocado um pouco menos de pimenta no prato que fez ela voltar para o programa, ela podia nem ter ganhado. Então é muito o acaso”, explica, após ter servido suflê de goiabada e rabanada.

    Acostumado a assistir ao programa, Mateus conta que ficou chocado de conhecer os jurados pessoalmente. “Cozinhar no circo foi uma das experiências mais legais do programa. Eu gostei bastante de tudo que eu aprendi. Foi demais conhecer os chefs. Não tenho nem muito o que dizer. Eles são bem iguais ao que vemos na televisão”, relata.

    Presença marcante

    Já na segunda caixa misteriosa enfrentada pelos participantes, o renomado chef Alex Atala marcou presença no programa. Durante o programa, Atala pediu que as crianças preparassem três diferentes receitas: cuscuz paulista, moqueca baiana e patê cigarrete com espuma de manga.

    “Eles são mais MasterChef do que os adultos. É sensacional por um lado ver a maturidade e a organização deles. Tem um lado que impressiona muito”, conta Atala, em entrevista ao Portal da Band.

    De acordo com Atala, esse é o caminho para fazer a gastronomia brasileira crescer ainda mais. O chef acredita no potencial das crianças para esse desenvolvimento. “Obviamente, tem a ingenuidade, um lado pueril, mas é talvez mais fascinante. Talvez, o que torne essa uma experiência única seja a inocência e essa pureza que eles têm. O Brasil já está bem, falta promover melhor. Esse é o caminho que precisamos trilhar”.

    Mesmo sendo eliminada durante a prova, Aisha elogiou a figura do chef, que a auxiliou durante o desenvolvimento do prato. “Aliás, cozinhar para o Atala foi sensacional. Foi uma experiência boa porque, quando você o chamava para ajudar, ele te ensinava algumas coisas novas”, relata.

    Para as crianças, o chef aconselha que para seguir a carreira na cozinha é preciso praticar bastante. “Cozinhem todo dia, tomando sempre muito cuidado com o fogão. Eu sou filho de uma mulher que dedicou a vida dela às pessoas queimadas e muitos acidentes acontecem com crianças mexendo no fogão. Às vezes, a mãe põe leite para ferver e a criança vai pegar, enfim, aquela coisa de querer alcançar a panela… Essa é uma dica que eu dou para todas as crianças. Tomar muito cuidado! É um acidente doméstico que pode ser supercontrolado”, contou Atala.

    Outra profissional das cozinhas que participou dessa edição foi Bel Coelho, que comanda o Casa Bossa, em São Paulo. Com a supervisão da chef, os pequenos tiveram de reproduzir alguns pratos. De acordo com Lorenzo, vice-finalista do reality e capitão em uma das equipes, a prova foi complexa. “É difícil reproduzir pratos de outra pessoa porque quando você cria um prato, você bota todo o seu carinho e você sabe o que tem de por na receita”, explica para o Portal da Band.

    Queridinho das redes sociais

    Um dos participantes mais queridos nessa edição do Masterchef Júnior foi Matheus, eliminado por cozinhar um pato mal cozido. Durante a eliminação, vários internautas comentaram a saída do chef mirim. “O melhor de toda essa experiência foi ter conhecido os meus melhores amigos. Fiz muitas amizades aqui, principalmente com a Valentina, a Luisa, o Augusto o Johnny e a Lívia”, falou Matheus, para o Portal da Band.

    Adultos e crianças

    Os ex-participantes da edição adulta tiveram contribuição no Masterchef Júnior. Além da participação semanal de Jiang, outros profissionais deram o ar da graça durante a atração. Durante o sexto episódio, ela desafiou três participantes a prepararem pratos típicos da culinária oriental. Lívia, Lorenzo, Ivana e Eduardo foram os escolhidos para desenvolver os pratos.

    “Eu achei muito bom o prato das crianças. Cada uma teve um desempenho excelente para quem nunca havia cozinhado comida oriental. Todas tiveram um material muito bem apresentado”, falou Jiang, em entrevista para o Portal da Band, sobre o desempenho das crianças.

    Durante a prova, os jurados decidiram não eliminar nenhum dos participantes. “As receitas feitas pelas crianças tiveram o mesmo nível de dificuldade. Acho que os chefs tomaram a decisão certa. Para mim, também teria sido difícil escolher quem vai sair”, disse Jiang, que acabou de lançar seu livro de gastronomia, com 40 receitas de comida oriental.
    Para a semifinal, os últimos ex-participantes tiveram a missão de auxiliar no preparo das receitas. Além de Jiang, Raul, Fernando e Izabel foram convidados a ajudar nas receitas com a banana como ingrediente principal.

    De acordo com Izabel, o Masterchef Júnior é um programa de destaque por levar a sério o trabalho dos chefs mirins. “Foi muito emocionante ver as crianças cozinhando. A dinâmica do programa não mudou. Eu acho que o MasterChef leva criança a sério e isso é muito bom. A prova foi muito legal e eu adorei ajudar a pequena”, relatou para o Portal da Band.
    A ganhadora da última edição do Masterchef contou que ficou impressionada com a tranquilidade da competidora. “A Ivana foi muito bem. Ela não demonstrou nervosismo, ela estava bem mais tranquila do que eu estava na semifinal. Eram muitas receitas, não eram receitas fáceis, com muita coisa complexa rolando. E ela mostrou liderança, mostrou criatividade. Ela foi muito bem”, ressalta.

    Já Raul, vice-ganhador na última edição, disse estar com saudade da adrenalina na cozinha e do estúdio. O ex-publicitário elogiou Lorenzo durante a realização dos pratos. “Não vou falar, agora que cozinhei com eles, que eles sejam “ultramelhores” que a gente, mas eles têm umas noções e umas ideias diferenciadas. Aprendi muito com o Lorenzo, ele me ensinou. O menino é rato. Ele sabe umas coisas boas. Aprendi a fazer um creme inglês de canela, coisa fina”, relata Raul.

    Para Fernando, o clima mais leve no programa infantil deixou mais divertido. Ele afirma que estava com saudade de estar dentro do estúdio. “Acho que até entre os competidores mirins não tem aquele peso, a competitividade – que eu tinha muito no programa. Então, foi entrar para cozinhar com muito amor e muita alegria”, contou.

    Jiang também ajudou um competidor. Ela ficou surpresa com a capacidade de cozinhar dos mais novos e disse ter sido apenas uma ajudante durante a prova. “Tem coisas que eu nem sei fazer e as crianças estão ali fazendo. Eu fiquei de queixo caído assistindo pela televisão. Todos merecem parabéns. São verdadeiros gênios”.

    A grande final

    No último dia 15, todas as atenções estavam voltadas para o Masterchef Júnior. Lívia e Lorenzo chegaram na grande final e disputaram o troféu de melhor cozinheiro mirim. A prova consistia em 45 minutos para fazer a entrada, uma hora para fazer o prato principal e mais uma hora para a sobremesa.

    Lorenzo levou o troféu para a casa depois de cozinhar um tartar terra e mar, raviole d’oro com molho branco e um tiramissu. De acordo com o vencedor, antes de entrar para a competição, já sabia que iria seguir a carreira na cozinha. “Eu acho que vou fazer faculdade de Gastronomia ou vou viajar pelo mundo aprendendo. Porque a cozinha, para mim, é como a Moda: ela sempre muda. E o que eu vou aprender na faculdade vai sair de ‘moda’ daqui a pouco. Às vezes, é melhor você viajar aprendendo do que fazer uma faculdade”, destacou Lorenzo para o Portal da Band

    Segundo ele, a participação no Masterchef Júnior o ajudou com lições importantes para sua vida pessoal. “Aprendi a dividir as coisas mesmo que seja com um oponente. Isso não significa que ele é seu inimigo. Você tem que ajudar os outros mesmo assim. Também aprendi a ter calma e organização. Levo tudo isso na mochila”, ressalta.

    Para Lívia, segunda colocada na competição, ter chegado na semifinal já a deixou feliz.”Eu fiquei muito feliz pelo Lorenzo. Eu estava na final do programa, então eu estava feliz de qualquer jeito, com qualquer resultado”, conta a competidora.

    Ela relata que pretende continuar aprendendo sobre culinária, mas não sabe se isso se tornará sua profissão nos próximos anos. “Eu pretendo seguir com uma carreira na Gastronomia, mas não sei se para frente eu vou mudar, se vai ser um hobby… Mas eu nunca vou parar de cozinhar. Cozinhar vai continuar sempre na minha vida. Pretendo fazer cursos para estudar, melhorar, aprender mais”, explica.

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    Para o vencedor Lorenzo, a repercussão com o fim do programa tem sido muito positiva. “Estou me sentindo muito bem, no dia da final meu celular não parou de receber mensagens e agora tem as melhores coisas, que é ir aos programas, ter o reconhecimento”, finaliza.
    A final do programa também foi motivo de destaque quanto à audiência. O programa teve pico de oito pontos de Ibope e ficou na liderança por dez minutos. Logo em seguida, o programa assumiu a segunda posição por 40 minutos. Em média, o programa teve seis pontos e share de 12%. Além disso, ocupou um lugar cativo na internet. Foram 160 mil menções no twitter e alcançou os trendig topics mundiais.

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