A feirinha do meu Condomínio

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    feirinha

    Há duas ou três semanas, numa quarta-feira, eu chegava em meu condomínio, e um trecho central dele estava “interditado”, com algumas barracas de comida, mesinhas, cadeiras e, talvez, 50 ou 60 pessoas ruidosas.

    Estacionei o carro e, curioso, fui ver o que se passava. Descobri que, a partir daquela quarta-feira, teríamos aquele “evento” em todas as próximas quartas-feiras de cada semana, com o singelo apelido de “Feirinha do Figueiras”.

    Tinha uma barraca de hortifrúti, uma de massas e carnes artesanais e outras duas, sendo uma de espetinhos e outra de sanduíches diversos.

    Imediatamente, fui às barracas de espetinhos e sanduíches e descobri que já tinham vendido
    mais de 340 itens no total; detalhe: nossas 160 casas têm algo como 500 moradores apenas.

    As pessoas comiam e bebiam (inclusive umas “brejas” bem estimulantes), conversavam e interagiam entre amigos e meros vizinhos, sem se darem conta de que estava inaugurado muito mais do que apenas uma alternativa de onde comprar comida; a relação entre as pessoas e entre as pessoas e as comidas estava sendo mudada, num piscar de olhos!

    Fiquei me perguntando sobre quantas daquelas famílias, naquela quarta-feira, deixaram de cozinhar em casa, não pediram pizza ou “japa” ou nem pensaram em sair para um restaurante ou praça de alimentação.

    Por trás de minha pergunta, na verdade, estava a confirmação de duas situações que todos temos muita dificuldade de perceber, de entender e de calcular: a aceleradíssima velocidade da proliferação de formatos de venda de alimentação fora do lar e, por causa ou consequência, novos hábitos e atitudes do consumidor em alimentação.

    Para não localizar o tema apenas na “feirinha” do meu condomínio, é só refletirmos hoje versus cinco anos atrás sobre Food Truks, Food Bikes, Polos Gastronômicos, Restaurantes em Mercados Centrais, Festivais Gastronômicos, Chefs em Domicílio, Rotisserias em Supermercados, Deliveries para Escritórios etc.

    Está na rua, cada dia mais, um acervo imenso de ideias, inovações, rupturas… e concorrências!

    Enquanto falamos da crise e da estagnação de hoje e da tão esperada recuperação daqui a pouco, há muita coisa acontecendo e – preocupante! – grande parte pelas mãos e pela iniciativa de concorrentes nossos.

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